domingo, 15 de junho de 2008

Os portugueses "não rigorosos" de Cavaco Silva


Dívida da Câmara Municipal de Santarém continua a aumentar e é a pior pagadora do distrito

Segundo o semanário regional "O Mirante", a dívida da Câmara de Santarém aumentou cerca de dez milhões de euros no actual mandato autárquico (iniciado em Outubro de 2005) e totaliza já 60 milhões de euros no final de 2007.
Por outro lado, o semanário regional "O Ribatejano" afirma que a Câmara Municipal de Santarém é a pior pagadora das 21 autarquias do distrito, demorando em média 364 dias para pagar as facturas referentes à aquisição de bens e serviços. A informação consta de uma listagem da Direcção-Geral das Autarquias Locais (DGAL), referente aos quatro últimos meses de 2007. No ranking nacional do prazo médio de pagamento, Santarém aparece no 23º lugar, seguida do Cartaxo, na 27ª posição (358 dias) e Sardoal, no 46º lugar (268 dias).
No passado dia 10 de Junho, o Presidente da República - Anibal Cavaco Silva, que quando Primeiro Ministro afirmou que «não lia jornais» porque não tinha tempo (!), que teve vários "tabus" e que tem mantido uma posição «esfíngica e muda» que muitos portugueses confundem com "competência" e "messianismo", afirmou o seguinte dirigindo-se aos mesmos:
"Temos de começar por ser exigentes e rigorosos connosco se queremos que o imenso património que herdámos e de que justificadamente nos orgulhamos se transforme num verdadeiro instrumento ao serviço do progresso e da prosperidade do nosso povo"
Para além de a sí próprio, e em acto de contrição, certamente que se referia aos portugueses que pululam pelos partidos políticos no poder e na oposição e seus dirigentes, aos que aterraram na Assembleia da República com o "curso do oportunismo-seguidismo partidário" tirado nas «distritais» partidárias, ao Governo e seus elementos, aos elementos do Sistema Judicial, ao Funcionalismo Público, etc...e ao Sistema Autárquico !
A mim e certamente a muitos outros não era dirigida a "mensagem" pois não lhe reconheço estatura moral e coerência para me apontar sequer o dedo mindinho, quanto mais o indicador.
Sr. Presidente da República, mantenha-se calado e esfíngico como até agora, faça umas inauguraçõesitas, visite umas escolas e entretenha uns miudos do ensino preparatório - não se arrisque em escolas do secundário e muito menos nas Universidades !
Lembre-se que pode fàcilmente ganhar e exercer o seu 2º mandato de «corta-fitas» se não abrir a boca, tal como o Almirante Américo Tomás fazia no tempo da outra senhora, mas não caia no erro de ir a Coimbra para não lhe acontecer o mesmo que a este.

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