sábado, 31 de maio de 2008

Turbo deputados

Continuava eu em pacata consulta do site da Assembleia da República, quando me lembrei de vasculhar outra das comissões parlamentares de maior importância - Orçamento e Finanças.
Esta Comissão Parlamentar tem 19 membro efectivos e 10 suplentes. Dentre os efectivos há a reportar 8 Economistas, 5 Advogados (um dos quais é o seu Presidente), 2 Gestores de Empresas, 1 Engenheiro Electrotécnico, 1 Lic. em Literatura, 1 Lic. em Matemáticas e 1 com frequência do 5º ano de Economia.
Apesar do excesso de Advogados
, que pelos vistos «ocupou» o Parlamento mas cuja maioria tem por origem posições no aparelho dos partidos, e de não se perceber à primeira vista porque razão é que o seu Presidente não é um dos Economistas, pelo menos esta comissão tem 8 elementos desta área, incluindo dois professores universitários, um deles doutorado !

Mas nem tudo são rosas (em sentido figurado, claro...), senhores !

É que, à medida que lia o curriculum e registo de interesses do seu Presidente, deputado Jorge Neto, simultâneamente professor na Universidade Independente (onde é que eu já ouvi este nome ?) os meus olhos iam-se «esbugalhando» com o que me aparecia...

E o espanto enquanto ia lendo o seu «registo de interesses» aumentava tão ràpidamente que comecei a duvidar do que estava a ver e voltei atrás várias vezes para verificar se me não estava a enganar nas páginas e na contagem dos afazeres profissionais que este deputado teve antes da posse deste Governo e os que aínda conseguiu manter, mesmo satisfazendo integralmente o Estatuto dos Deputados no que se refere às incompatibilidades aí previstas.
Para que possam aquilatar bem do alcance do que me foi dado ver, e apesar do elevado peso que têm 10 páginas de publicação no blog, elas aqui estão no máximo expoente da sua pouca vergonha ! Quem as quiser ver no próprio site em dimensão mais apropriada à leitura não tem mais do que clicar no final e, uma vez na «biografia» ou curriculum do deputado, escolher a opção "registo de interesses".
Mas vamos primeiro às conclusões gerais:
  • Pela legislação que regula o Estatuto dos Deputados, é obrigatória a declaração descriminada de todos os cargos e actividades que o deputado exerça, quer no domínio público quer privado;
  • É sòmente considerado «incompatibilidade» o exercício de qualquer actividade no domínio público, desde que ela implique uma obrigação de presença e uma remuneração pelo facto;
  • Por pouca objectividade da Lei, segundo parecer da própria Comissão de Ética, o exercício de qualquer actividade no domínio privado, qualquer que seja o teor da mesma - executiva, consultiva ou outra, não é considerado «incompatibilidade»;
  • Até 2005 parece que era a "rebaldaria completa", como podem verificar pelas "emendas" feitas à mão pelo deputado Jorge Neves no seu «registo de interesses» para ficar dentro da "legalidade";
  • A partir de 2005, os deputados começaram a usar outra estratégia para "fintar" a Lei. E ela é simples - Cessaram as actividades em tudo o que exerciam no sector público e era considerado com carácter executivo, tais como presidente de junta de freguesia ou da câmara, etc., mas mantiveram todos os lugares não executivos como presidente da assembleia municipal...com declaração expressa de que não têm horário nem auferem qualquer retribuição pela função. Quanto ao sector privado, o coordenador do Grupo Parlamentar do PSD na Comissão, deputado Duarte Pacheco, chegou alegadamente a dar consultoria e aulas na Universidade Atlântica, tudo sem receber um «tusto» ! É de mestre, não é ? Agora aparecem, por exemplo, dezenas de vereadores de câmara que têm o lugar cativo mas dizem que não têm horário atribuido nem vencimento !


E agora vamos às conclusões sobre o deputado Jorge Neto:


  • Antes de 2005, mais precisamente até 23/11/2004 (data cujo significado não consegui aínda descortinar) e para além de deputado, era Administrador Único de 1 empresa, Vogal do Conselho de Gestão de 1, Membro do Conselho Superior da "Fundação Ilídio Pinho", Director (Administrador) de 3 empresas no paraíso fiscal das British Virgin Islands, Presidente da Mesa da Assembleia Geral de 9, Membro do Conselho de Administração de 1, Vice-Presidente da Mesa da Assembleia Geral de 2 e Sócio-Gerente de 1, tudo isto num total de 19 empresas;
  • Depois de 2005, mais precisamente a partir de 14/03/2005 (data cujo significado não consegui ainda descortinar) e para além de deputado e Presidente da Comissão, mantém-se como Presidente da Mesa da Assembleia Geral de 8 empresas, Membro do Conselho de Administração de 1, Vice-Presidente da Mesa da Assembleia Geral de 2 e Sócio-Gerente de 1, tudo isto num total de 12 empresas;
  • Talvez não seja de todo disparatado pensarmos que o facto deste deputado ter faltado a 17 das 88 sessões plenárias desta 3ª sessão legisltiva (cerca de 20%) alegando "trabalho político" e a mais 9 por "ausência em Missão Parlamentar" possa ter que ver com o »excesso de afazeres profissionais» extra-parlamentares de Jorge Neto !!!!
  • Se esta postura não dignifica um qualquer deputado do tipo daqueles que foquei no meu último artigo sobre o assunto, muito menos o faz a um Presidente de uma Comissão Parlamentar !
      • Veja o site da AR: Comissão de Orçamento e Finanças

      quarta-feira, 28 de maio de 2008

      Um político que diz "ter dado tudo ao País" (!!!???)




      Mota-Engil: Accionistas confirmam Jorge Coelho como CEO

      ‘Dei tudo ao País’
      Jorge Coelho foi ontem nomeado pelos accionistas da Mota-Engil vice-presidente, e uma hora depois era designado pelo Conselho de Administração da construtora presidente do Conselho Executivo.
      A indigitação do ex-ministro do Equipamento Social e outrora figura relevante no aparelho partidário socialista para um cargo de topo de uma empresa privada que se prepara para concorrer às maiores obras públicas nacionais continua, porém, a ser lida com algumas reservas. A pergunta a que Jorge Coelho não se pode furtar, e ontem foi colocada pelos jornalistas após a sua nomeação, é simples: terá sido escolhido pela Mota-Engil pelas suas qualidades de gestor ou antes pela expectativa de um exercício de influência política que contribua com mais-valias para a empresa?
      Como político que continua a ser apesar de tudo, Jorge Coelho não se ofende com a questão, nem se incomoda com o ditado sobre a mulher de César, que para além de ser honesta tem de o parecer. "Eu não preciso de parecer porque sou", responde Coelho. "Sou um homem de princípios e vertical. Dei tudo ao País e à sociedade, mas licenciei-me em gestão de empresas e estou há sete anos fora da política. Terão de se habituar e ver-me de outra maneira", acrescenta, com naturalidade.
      Seria interessante que Jorge Coelho respondesse à dúvida que a todos nós assiste com a divulgação pública do seu curriculum académico e profissional na área da Gestão de Empresas pois assim dissiparia quaisquer suspeitas de interferência entre o sector privado e a esfera política.
      Por mim, que não sou accionista da Mota-Engil, tanto se me dá que escolham para CEO (Chief Executive Officer - Administrador Executivo) um sapateiro, como um gestor de "meia tigela", como um gestor com provas dadas. O mesmo não deveria passar-se com os accionistas, até porque a empresa está cotada em bolsa, fazendo parte do PSI20 e tendo sido transaccionada hoje a 5,38 euros (em baixa de 3,78%), e os resultados irão influenciar o valor das suas acções e possíveis dividendos.
      Por outro lado, Jorge Coelho deveria ter o pudor de não afirmar que "Deu tudo ao País". Que "deu tudo ao PS" não temos dúvidas. Mas, quem deu tudo ao País foi o povo anónimo que «labuta arduamente» para sobreviver às asneiras dos políticos que nos têm (des)governado ao longo dos tempos e também quem, ao serviço do País, teve de lutar de armas na mão e que, além do ânimo também deu, por vezes, a vida e a saúde.
      Cotações de hoje às 16:35:
      descida do PSI-20 (-0,72%) e cinco maiores quedas bolsistas
      SEMAPA 8,82 euros (-4,13%)
      ALTRI SGPS 4,38 euros (-4,05%)
      MOTA ENGIL 5,38 euros (-3,93%)
      PORTUCEL 2,26 euros (-3,83%)
      REN 3,13 euros (-3,83%)
      Dúvida:
      Será já uma reacção dos pequenos accionistas anónimos à nomeação do novo CEO ?

      O cinema está de luto - morreu Sidney Pollack



      Foi actor, produtor e realizador
      Sydney Pollack: Ele era Hollywood


      Teve três vidas no cinema – foi actor, produtor e realizador – e usou-as todas contra ele e a favor de Hollywood. Não foi só um realizador que se abateu, anteontem. Há uma certa maneira de fazer filmes que também não sai daqui viva.
      O realizador norte-americano de origem judaica morreu em casa, num subúrbio de Los Angeles, aos 73 anos. Sabia que tinha cancro há dez meses, mas os médicos nunca descobriram de onde vinha.
      Usou as três facetas da sua vida todas a favor de Hollywood, e de uma maneira antiquada de fazer cinema em que acreditou até ao fim, apesar de todos os sinais de um certo fim dos tempos.
      Nunca fez filmes fora de Hollywood, mas mesmo dentro de Hollywood fez os filmes dele, não os filmes da indústria: “Quando se tem uma carreira como a minha, tão identificada com Hollywood, com os grandes estúdios e as grandes estrelas, é inevitável que uma pessoa se pergunte se não devia ir à sua vida e fazer aquilo que o mundo considera filmes pessoais. Mas eu acho que enganei toda a gente. Eu sempre fiz filmes pessoais – só que os fiz noutro formato.
      O formato dele não tinha as pretensões iconoclastas que teve o trabalho da geração seguinte – coisas como O Nosso Amor de Ontem (1973), TootsieQuando Ele era Ela (1982) e sobretudo África Minha (1985) tornaram o cinema dele suficientemente relevante – mais do que suficientemente intrigante – para o grande público, e coisas como Os Cavalos Também se Abatem (1969), As Brancas Montanhas da Morte (1972), Os Três Dias do Condor (1975) e A Calúnia (1981) tornaram o cinema dele suficientemente relevante para a crítica.
      Fez alguns dos filmes mais influentes e mais memoráveis das últimas três décadas. Tinha uma sensibilidade política muito aguda e um profundo sentido do que estava em jogo a cada momento; sabia quais eram as questões a que o cinema tinha de dar resposta. E avançou e mudou à medida que o mundo avançou e mudou, não ficou fechado e engavetado numa década.
      Sydney Pollack fez 20 filmes e teve dezenas de nomeações da Academia (nove para Os Cavalos Também se Abatem, na minha opinião o seu melhor filme de sempre, dez para Tootsie, onze para África Minha, que lhe deu finalmente os Óscares de melhor filme e de melhor realizador).
      Pollack era um dos últimos, um dos melhores, representantes do studio system de Hollywood – um cineasta da velha escola que encontrou uma maneira de vingar lado a lado com os realizadores da nova Hollywood que chegaram ao cinema americano na década de 70”, dizia ontem o crítico Xan Brooks no blogue de cinema do "The Guardian". É essa a ideia: modéstia à parte, Sydney Pollack não fazia parte de Hollywood. Em certo sentido, ele era Hollywood.
      Jornal Público - Inês Nadais - 27/05/2008

      Veja o artigo original: Sidney Pollack: Ele era Hollywood

      terça-feira, 27 de maio de 2008

      Últimas contradições da campanha da "laranjada"

      • Passos Coelho defende que «se a taxa de imposto for muito grande a receita baixa, porque as pessoas deixam de comprar, é tão caro que deixam de comprar, e se deixam de comprar não pagam os impostos». Quanto a nós, Passos Coelho esquece-se é de que o Sr. Sousa nos quer ver a todos de bicicleta e a fazer «jogging» para as TV´s, novos desportos que só fazem bem à nossa saúde desde que se não apliquem aos políticos em geral e aos governos em particular. Ah! E uma «passazita» só às escondidas, ok ?;
      • Depois de Santana Lopes ter afirmado que Passos Coelho não sabe do que está a falar ao defender uma descida do imposto sobre os produtos petrolíferos, o candidato à liderança do PSD responde, sublinhando que Santana Lopes começa a manifestar «sinais de desespero»;
      • Pedro Santana Lopes assegurou, esta segunda-feira, que, caso vença as eleições do PSD, estará disponível para uma posição «construtiva» face à escalada dos preços dos combustíveis, coisa essa que, sendo contraditória com a posição anterior face a Passos Coelho, todos os portugueses estarão a perguntar-se do que se trata. Rectórica, certamente !
      • Manuela Ferreira Leite afirmou, quanto a nós certamente numa campanha de rastreio oftalmológico em que tem participado ao longo do País, que «neste momento, o PSD já é olhado com os olhos um bocadinho diferentes daqueles que era há um mês ou dois antes de começar a campanha»;
      • O secretário-geral do PSD, Ribau Esteves, anunciou esta terça-feira que apoia a candidatura à liderança do partido de Pedro Santana Lopes, por considerar que é aquele que tem o melhor projecto;
      • Mário Patinha Antão considerou, numa entrevista que concedeu à TSF, que só o PSD tem capacidade para tornar as classes médias prósperas, um sector da sociedade que actualmente está a ser «esmagadas e asfixiadas».

      Frases do «mundo rosa»

      • Manuel Alegre diz que Carlos César não é um «socialista de plástico», como o Sr. José Sócrates, acrescentamos nós;
      • Tal como Mário Soares, Vitalino Canas admite que há o risco do PS perder votos para o PCP e para o Bloco de Esquerda;
      • Mário Lino, com aquele ar de pesporrência «jámé» que segundo a nossa opinião o caracteriza, desvalorizou esta terça-feira as declarações de Mário Soares sobre a atenção que o governo deve dar ao fenómeno da pobreza, frisando que o executivo PS «não está a dormir»;
      • A ministra Ana Jorge, convidada hoje do fórum da TSF, disse que o Governo sabe «que nem tudo corre bem».
        «Por isso é que estamos a tentar criar unidades de saúde familiares com cuidados mais próximos das pessoas», disse a ministra Ana Jorge.
        A ministra salienta que há a preocupação «de tentar organizar os serviços de forma a que os utentes não tenham de ir para lá às 04 da manhã», preocupação esta que segundo a nossa opinião só a deve atacar durante a fase de sono profundo e à qual nenhuma unidade de saúde liga «peva». Por isso é que a de Moscavide só está a marcar consultas aos utentes para Setembro...deste ano, vá lá !
      • Augusto Santos Silva defendeu que «as medidas de efeito imediato fácil apenas servem para sobrecarregar a despesa e outros contribuintes e podem dar sinais errados disfarçando a conjuntura», segundo a nossa opinião numa tentativa de copiar o «cinismo» e «ignorância» do Sr. José Sócrates Pinto de Sousa, quando demagògicamente perguntou aos jornalistas "se eles achavam justo que contribuintes que não têm carro pagassem com os seus impostos a gasolina dos que têm ?" E como temos os jornalistas que merecemos, ninguém em coro lhe disse "It´s the economy, stupid !"

      Sugestões avisadas


      "Sugiro ao PS uma reflexão sobre as questões que nos afligem:
      a pobreza; as desigualdades sociais; o descontentamento".
      Mário Soares, "Diário de Notícias", 27-05-2008

      segunda-feira, 26 de maio de 2008

      Não há vergonha na política portuguesa !

      Andava eu em pacata consulta do site da Assembleia da República, quando me lembrei de vasculhar uma das comissões parlamentares de maior importância - Obras Públicas, Transportes e Comunicações.

      E, à medida que lia aleatòriamente um ou dois curriculum de deputados colocados em lugares efectivos mas lá para o fim da primeira dezena, os meus olhos iam-se «esbugalhando» com o que me aparecia...

      O espanto aumentava tão ràpidamente que comecei a duvidar do que estava a ver e saltei para os lugares cimeiros na tentativa de ver se aí encontraria deputados com «craveira» para pertencer a esta Comissão, mas a minha desilusão foi total !!!

      Para além do Presidente, cuja experiência é essencialmente política e governativa - Miguel Frasquilho (PSD), licenciado em economia, os únicos cinco nomes e curriculum que ao acaso verifiquei detalhadamente deixaram-me de tal modo estupefacto que não resisto a publicá-los aqui já para que possam ver a quem está entregue não só o Governo deste País da treta mas também o seu Parlamento !

      Aquí ficam, independentemente de, a seu tempo, irem ocupar o lugar a que pelos vistos têm inteiramente direito nesta esécie de «quadro de (des)honra» que me propus publicar semanalmente.

      Abel Baptista - CDS - Lic. em Direito - Funcionário autárquico; jurista

      Alberto Antunes - PS - Lic. em Direito - advogado

      Bruno Dias - PCP - Lic. em Ciências da Comunicação - Téc. Superior de Administração Local

      Fernando Jesus - PS - Curso Geral dos Liceus - Adjunto de Administ. de Empresa

      Joana Lima - PS - Lic. em Relações Internacionais - Empresária de cafeteria

      Ah! Ah! Ah! Não sei se ria se chore !

      Todos estes senhores e senhora têm um curriculum totalmente desajustado à Comissão a que pertencem como efectivos e completamente ligado aos respectivos aparelhos partidários e autarquias. A não ser por «cunha», não haveria certamente nenhuma empresa privada que os contratasse para as funções que são supostos exercer !
      Só a título meramente informativo fiquem a saber que esta Comissão tem 19 deputados, dentre os quais só 3 têm formação técnica (2 Engº + 1 Arq.). Os restantes 16 são constituidos por 4 Advogados + 4 Lic. nas áreas das Humanidades, Educação e Comunicação + 3 com o Curso Geral dos Liceus (act. 12º ano) + 2 economistas + 2 Lic em Relações Internacionais + 1 Contabilista.
      E esta ? Hem?

      Venho afirmando com bases seguras que o País está um autêntico pântano mas, na altura de nos confrontarmos com uma realidade aínda mais grave, é com a mais profunda tristeza e convicção que vos digo que o meu espanto não se transformará em resignação mas sim em INDIGNAÇÃO e que tudo farei para levar a público todas as situações que, depois de confirmadas, devam ser do conhecimento público.

      E CUSTE O QUE CUSTAR ! Conto com a vossa ajuda !

      Veja o site da AR: Comissão de Obras Públicas, Transportes e Comunicações

      sábado, 24 de maio de 2008

      Regras de publicação semanal do curriculum de um deputado à Assembleia da República

      A partir de hoje e com uma periodicidade semanal, passaremos a publicar o curriculum de um deputado à Assembleia da República que se enquadre nos seguintes parâmetros:

      • O deputado será escolhido ao acaso de acordo com um dos dois critérios seguintes:
        Primeiro: Dentre aqueles cujo curriculum constante do site da Assembleia da República permita antever uma carreira profissional essencialmente integrada quer no "aparelho" do partido a que pertença, quer no âmbito do Poder Autárquico;
        Segundo: Dentre aqueles cujo curriculum constante do site da Assembleia da República permita verificar a existência de numerosas actividades extra-parlamentares, as quais possam indiciar uma insuficiente dedicação e assiduidade no exercício das suas funções parlamentares;

      • Embora todo o curriculum seja do domínio público, a publicação do mesmo omitirá a respectiva fotografia;
      • A escolha do deputado será totalmente independente do partido a que pertença;
      • Chama-se desde já a atenção dos leitores para a consulta atenta dos principais items que nele constam, tais como, habilitações literárias, profissão, cargos que desempenha, cargos exercidos, bem como as comissões e sub-comissões parlamentares a que pertença o deputado.

      Lista de publicações:


      2008/05/24 - Abel Baptista

      2008/05/30 - Jorge Neto

      2008/06/07 - Renato Sampaio

      2008/06/07 - Agostinho Lopes

      2008/06/07 - José Soeiro



      Veja o artigo: Deputados ao acaso

      Fim do Serviço Nacional de Saúde

      O título que dou ao meu comentário não está errado, como alguém mais distraido poderia supôr.

      A realidade é que as afirmações dos dois candidatos à presidência do PSD, Ferreira Leite e Passos Coelho, foram ora intencionais ora levianas, respectivamente.

      Como muito bem li num dos comentários de um leitor do Expresso onde este texto foi também colocado, também entendo que o direito à Educação e à Saúde não é alienável a favor de entidades privadas cujo único objectivo é o lucro. São direitos consignados na Constituição e nada deverão colidir com a iniciativa privada.

      Que Passos Coelho se afirme liberal ao ponto de renegar um princípio básico da social democracia europeia pode considerar-se uma «boutade». Mas vinda esta afirmação de Ferreira Leite é grave! Até porque já teve responsabilidades governamentais. E porque ela sabe bem qual o verdadeiro "valor" de uma declaração de IRS em Portugal, onde quase toda a "manifestação exterior de riqueza" vem de quem continua a apresentar impunemente declarações com rendimentos ao nível do ordenado mínimo nacional. E o que dizer daqueles que nem declaração entregam por estarem isentos e tiram do bolso um grosso maço de notas para pagar uma simples cerveja num qualquer café, ou o jantar num bom restaurante onde já não têm pejo em entrar até sem olhar para os preços afixados nos menus ?

      Que os hospitais públicos necessitam de uma boa gestão, quer económica quer humana, estamos todos de acordo. Mas daí a concluir-se que o melhor é passarmos todos a subscrever seguros de saúde é um perfeito absurdo, a não ser que tenhamos como objectivo atingir o patamar dos EUA quando eles próprios querem inverter a sua situação.

      Vivendo o País uma situação de depressão grave, em que a chamada «classe média» está a ser extinta pelas medidas do actual executivo e o crédito mal parado quer no sector do consumo quer no da habitação subiu respectivamente cerca de 40 e 15%, que social democrata pode considerar viável e razoável que uma família padrão (pai+mãe+1 filho) passe a ter mais um encargo mensal à volta dos 200 euros num seguro de saúde ? Qualquer dos candidatos tem a obrigação de saber que cerca de 50% da população portuguesa tem um nível de escolaridade que se limita ao ensino básico e que, trabalhando por conta de outrem, nunca passará o limite dos vencimentos ditos «dos 500 euros».

      E o que dizer dos jovens com habilitações mas em busca de emprego e que só o conseguem nos "call center´s" e nas caixas de supermercados ?
      Considero até grave que, sem se acautelar o aumento dos formandos em medicina, se tenha autorizado a abertura de tantos novos hospitais privados. Não por questões de ideologia mas por questões pragmáticas. Se os hospitais privados pagarem melhor, os públicos verão os melhores médicos sairem e um dia destes teremos de contratar médicos cubanos para nos tratar!

      Ora minha senhora e meus senhores, já não há pachorra ! Nem para o Sócrates nem para nenhum de vocês !

      Debate muito esclarecedor...entre quem quer ser poder




      Debate entre os quatro candidatos restantes à liderança social-democrata



      O significado do liberalismo de Pedro Passos Coelho, as suas afirmações e de Ferreira Leite sobre o SNS e as diferenças em relação à carga fiscal estiveram ontem no centro do primeiro debate televisivo entre os quatro candidatos restantes à liderança do PSD, realizado na TVI.
      No início do debate, a jornalista da TVI Manuela Moura Guedes pediu directamente a Passos Coelho para explicar o alcance liberal das suas propostas. O ex-presidente da JSD recordou que Francisco Sá Carneiro começou como deputado da chamada Ala Liberal, no tempo do Estado Novo. "Liberal significa, dentro do PSD e na sua raiz identitária, lutar pela liberdade política, pela liberdade económica", respondeu.

      Contrariando esta afirmação, Manuela Ferreira Leite afirmou que efectivamente, "em termos económicos ser liberal não tem o significado que Passos Coelho lhe dava mas que significava pràticamente tornar o papel do Estado inexistente", fazendo com que Passos Coelho lhe tivesse perguntado se não concordava com a desestatização da economia iniciada nos governos de Cavaco Silva.
      A ex-ministra das Finanças
      respondeu que concorda com algumas posições de Passos Coelho, mas discorda de outras, como a da privatização da Caixa Geral de Depósitos "porque exactamente o liberal toma as decisões sem sequer ver quais as circunstâncias que o país atravessa", ficando no ar a dúvida sobre a que tipo de "liberalismo" se estava a referir, se ao de Passos Coelho se ao seu próprio, demonstrado na sua actuação como ex-ministra das Finanças, em que conduziu o País a um deficit de cerca de 7%.
      Intervindo em tom moderador, Pedro Santana Lopes procurou fazer a síntese da troca de argumentos entre os seus dois adversários dizendo que: "O que ambos querem dizer é liberdade no plano político, garantia dos direitos, liberdades e garantias, mais intervenção do Estado na solidariedade social e na regulação económica", mas afinal realçando conceitos genéricos sobre preceitos constitucionais consensuais e uma contradição total sobre o entendimento da noção real de "liberalismo económico" transmitida por Ferreira Leite, o que lança sobre os tele-espectadores a dúvida sobre se algum dos intervenientes até então está perfeitamente ciente de qual a sua real postura político-económica caso vença as eleições de 2009.
      À insistência da jornalista em saber se Passos Coelho "é liberal ou não no código laboral" o candidato declarou-se a favor de maior flexibilização, designadamente nos despedimentos individuais, mas contra "a lei da selva em matéria de contratação".

      Quanto ao código laboral, Ferreira Leite alegou que apenas se conhecem "ideias genéricas" da proposta de revisão do Governo.

      Segundo Pedro Santana Lopes, é necessário mudar a legislação, mas "não exactamente" como propõe o executivo do PS.

      Em matéria de impostos, Santana Lopes considerou que "pode e deve-se" descer os impostos, enquanto Ferreira Leite reiterou que "a situação tal como está e como este Governo tem conduzido não dá margem para baixar os impostos".

      Por seu lado, Mário Patinha Antão lembrou a sua proposta de descida do IVA, IRC e redução do número de escalões do IRS.
      Finalmente, e no que se refere ao Serviço Nacional de Saúde, tanto Manuela Ferreira Leite como Pedro Passos Coelho se declararam a favor do fim do Serviço Nacional de Saúde (SNS) tendencialmente gratuito para todos, defendendo que sirva quem tem menos recursos.
      "A política da saúde vai ter muita dificuldade em ser financiada da forma como é. Considero que o SNS gratuito ou tendencialmente gratuito para todos é um aspecto que provavelmente vai ter que ser revisto", afirmou Manuela Ferreira Leite.
      A candidata à liderança do PSD concluiu que defende "um SNS de qualidade para prestar serviços aos que mais necessitam, aos que têm menos recursos", sustentando que "é uma boa forma de baixar os impostos e criar um melhor serviço de saúde para quem mais precisa".
      Santana Lopes,
      pelo seu lado afirmou "não ser liberal na área da saúde, considerando que é necessário um SNS universal, tendencialmente gratuito, com as taxas moderadoras, mas não sobre os internamentos e cirurgias.
      O ex-primeiro-ministro adiantou que é um "defensor dos seguros de saúde" e de "uma separação clara entre o público e o privado" nesta área.

      Veja o artigo original: Liberalismo aos molhos

      sexta-feira, 23 de maio de 2008

      Pensamentos à solta



      “Quanto mais conheço as pessoas, mais gosto do meu cão.”
      Blaise Pascal - Matemático, Físico e Filósofo (1623 - 1662)


      Estou sentado no meu maple predilecto e tenho em frente de mim, deitada e a olhar-me fixamente, a minha cadela «Rafeira do Alentejo» - a Lara, com os seus maravilhosos olhos castanho mel. Mergulho a visão nesse olhar terno e os pensamentos começam a fluir em turbilhão, que a mente mal consegue acompanhar. Num ápice, toda a minha vida e a da humanidade passa como um relâmpago perante os meus olhos absortos. Confundem-se as duas numa só, como se o meu ser já fizesse parte do infinito, onde o tempo pára e as distâncias se distorcem.
      À escala macroscópica, a história da Humanidade não passa de um pequeno traço na imensidão dos muitos milhões de anos que nos afastam do ponto inicial - o Big Bang. Aquele em que «tudo», matéria, anti-matéria, campos gravítico e magnético, etc..., estavam confinados a um ponto !
      "No princípio era o verbo". Seria ? E o que significaria "o verbo" ?
      Quando estávamos convencidos de que tudo se regeria pelas Leis de Newton, eis que Einstein nos mostrou que tudo era «relativo». Claro que as fórmulas, milhares de vezes por si revistas, levavam-no a crer que alí faltava qualquer coisa... Estavam 99,9999% certas mas faltava alí qualquer coisa. O que é que o Grande Arquitecto do Universo saberia que ele não fosse capaz de descobrir ? Não havia tempo a perder com esta dúvida terrível que o atormentava e o melhor era introduzir ali uma «constantezita» e dava tudo certo. Afinal "Deus não jogava dados" e nada poderia contrariar essa convicção. Convicção que agora se verificou não ser exactamente correcta pela publicação recente de uma carta inédita em que Einstein afirma não acreditar na existência de Deus nem num «povo eleito» - o povo judeu, ao qual contudo se afirma orgulhoso de pertencer.
      E quando tudo parecia encaixar bem na "teoria da relatividade", Stephan Hawking aparece para baralhar tudo e provar que a mesma se não aplica ao «infinitamente pequeno», do domínio da chamada mecânica quantica, e prova a existência da anti-matéria, mais conhecida por "buracos negros", dedicando-se desde aí à tentativa de estabelecer uma "teoria unificada" que se aplique a todo o Universo e regendo simultâneamente a cadeira da Universidade de Câmbridge que Sir Isaac Newton havia lecionado em 1669.
      E a pequena-longa história da Humanidade parece assim resumir-se ao tempo dos fantásticos avanços científicos do século passado e início do presente.
      Aquele em que se assistiu ao advento das indústrias baseadas em tecnologia de ponta, nomeadamente a informática, aeronáutica, espacial, telecomunicações e sua globalização. Aquele em que no espaço de uma geração se assistiu ao maior número de convulsões e transformações sociais, bem como à degradação progressiva das condições de habitabilidade do nosso planeta provocada pela ganância da espécie humana, a única que mata sem ser para se alimentar !
      Tempo de uma guerra mundial que destruiu a Europa e sua reconstrução e unificação, da revolução bolchevique de 1917 e seu desmoronamento, de fome e revolução num país de 2 biliões de habitantes e da sua ascenção ao estrelato de um capitalismo neo-liberal a par de uma imensa parte da sua população aínda a viver uma luta diária pela sobrevivência, tempo de guerra pela posse de recursos naturais em todo o planeta.
      E tempo de cataclismos atingindo a grande maioria dos mais desfavorecidos, de extermínios étnicos, de fome...de fome de alimentos e de cuidados básicos de saúde como uma simples vacina contra o tétano.
      Para trás ficam milhões de anos de percurso da espécie humana só para descobrir a ferramenta, a lança, o fogo, a roda, a guerra...
      À escala macroscópica, a minha vida resume-se a um ténue ponto na imensidão dos muitos milhões de anos que nos afastam do ponto inicial. Naturalmente...nascimento, vida e morte. Tal como acontecerá à Lara e de acordo com os prazos que o Grande Arquitecto do Universo destinou à sua espécie.
      E é este sentimento de perda anunciada que faz com que acorde dos meus pensamentos e volte a focar os seus olhos. E o seu terno castanho mel lembra-me de que ela estará sempre fielmente ao meu lado enquanto não acabar o seu tempo. E que a minha alma chorará lágrimas de sangue se isso acontecer antes de mim.


      Dedicado à Lara, que tem alegrado os meus dias nos últimos três anos

      Actualidades da campanha da "laranjada"

      Antes:
      "Neto da Silva garantiu que “evidentemente” a sua candidatura é para levar até ao fim e comprometeu-se, caso não ganhe as directas, a ajudar o líder a diminuir os impostos. “Que bom que é estar entre companheiros candidatos a discutir ideias. Que bom que é não ouvir ataques pessoais”, disse ainda Neto da Silva."
      Depois:
      "O empresário António Neto da Silva desistiu hoje da corrida à liderança do PSD por não ter conseguido reunir as 1500 assinaturas necessárias à formalização da candidatura e que deveriam ser entregues até às 18h00 de hoje." !!!

      Carta aberta ao BE e VERDES

      Caros
      Francisco Louçã e Ana Drago

      Confesso que tenho várias dúvidas a toldar-me o espírito cada vez que os vejo, à vossa maneira... claro, a dizer umas verdades na AR ! E elas mantêm-me num estado de impaciência que me não deixa dormir em sossego.
      Ora digam-me lá com sinceridade, se é que isso é possível pedir a um político, o que fariam se por um "bamburrio de sorte" ganhassem as eleições ?
      • Aliavam-se ao estafado PCP ?
      • Saiam da Comunidade europeia ?
      • Mudavam a economia para uma economia centralizada, com nacionalização dos principais meios de produção estratégicos ?
      • Nacionalizavam a banca ?
      • Consideravam "grandes "fortunas" quem possuisse uma habitação própria que valha mais do que 250.000 euros ?
      • Passavam a taxa de IRS correspondente ao escalão de 34%, e onde se inclui mais de 80% dos que pagam IRS, para 100% ?
      • Aumentavam o IRC das empresas que não fossem nacionalizadas para 80% + derrama ?
      • Tornavam o ensino e a saúde gratuitos ?
      • ...

      Penso que os Portugueses, tal como eu, gostariam imenso de esclarecer estas dúvidas teóricas.

      Grato pela vossa atenção

      O Falcão

      Frases da campanha da "laranjada"

      • Pedro Santana Lopes, acusou hoje no Funchal, a sua adversária Manuela Ferreira Leite de, em 2005, ter ajudado Jorge Sampaio a derrubar o governo PSD/CDS-PP a que presidia. "Em 2005 [Manuela Ferreira Leite e outros notáveis] puseram do lado daquilo a que se pode chamar um verdadeiro golpe de Estado constitucional (...) e em vez de defenderem os interesses do partido puseram-se a abrir caminho para o que Jorge Sampaio nos fazia", disse. Ferreira Leite "personifica a mesma política macro-económica que domina o país, com trocas de lugares-chaves e que responsabilizam as autarquias e as regiões insulares pelos seus fracassos", acusou ainda.
      • A candidata à liderança do PSD, Manuela Ferreira Leite, reconheceu hoje que o partido ficará numa posição "bastante complexa" se perder as legislativas de 2009 e apelou aos militantes para escolherem alguém capaz de vencer José Sócrates. Questionada pelos jornalistas, Manuela Ferreira Leite escusou-se a comentar as acusações do líder cessante Luís Filipe Menezes, que, numa entrevista publicado hoje no Jornal de Notícias, relacionou-a "inequivocamente" com as pessoas que disse terem tentado pressioná-lo para que o PSD não avançasse com o pedido de inquérito do Banco de Portugal ao BCP porque "era muito perigoso" e "ia colocar em causa algumas off-shores de algumas personalidades".
      • Pedro Passos Coelho garantiu no dia 20 que há "um conjunto muito alargado de pessoas" que manifestaram vontade de aderir ao PSD caso seja vença as eleições para a liderança do partido, marcadas para 31 de Maio. Para o candidato, o país só mudará de Governo se os social-democratas escolherem para presidente alguém que possa alargar o seu espaço político e captar o voto e a preferência eleitoral em muitos outros sectores que se vêm afastando da participação política, "porque acham que os partidos têm vindo a esgotar, com soluções do passado, as hipóteses de renovação". "E acho que esse potencial está muito mais do meu lado do que do lado dos outros candidatos", insistiu.
      • Pedro Passos Coelho recebeu no dia 19 à noite um empenhado “sinal de apreço” do seu adversário Patinha Antão, segundo o qual reúne as condições para ser “um líder do século XXI, que”deve ser considerado muito seriamente pelos militantes.
      • Neto da Silva garantiu que “evidentemente” a sua candidatura é para levar até ao fim e comprometeu-se, caso não ganhe as directas, a ajudar o líder a diminuir os impostos. “Que bom que é estar entre companheiros candidatos a discutir ideias. Que bom que é não ouvir ataques pessoais”, disse ainda Neto da Silva.

      E assim vai a campanha da laranjada !

      Não sendo conhecidos programas concretos sobre o que

      cada candidato se propõe fazer para que o PSD se torne numa

      oposição credível ao actual (des)governo, o mais

      provável é que tenhamos "mais do mesmo"

      tanto com o PS como com o PSD

      quinta-feira, 22 de maio de 2008

      Partido da «combi» reduzido a "dichotes" do seu líder


      Líder do CDS-PP considera que o país está a ser vítima de "fiscojacking"


      Paulo Portas
      , que actualmente lidera um partido sem qualquer iniciativa política consistente, decidiu enveredar pelo populismo que o caracteriza utilizando um «estrangeirismo aportuguesado» e com pretensões a ser engraçado, criticando hoje a falta de iniciativa do primeiro-ministro perante a alta de preços resultante da crise dos combustíveis e dizendo que já devia ter sido pedido um estudo à Autoridade da Concorrência. A este propósito, afirma que já havia avisado José Sócrates há três meses mas que o mesmo "só acordou ao 15º aumento" dos combustíveis.
      À falta de mercados, onde o lider do CDS-PP mostrou no passado estar bastante à vontade na arte popularucha de beijar todas as vendedoras e ser bastante "lambido" de volta, Portas, que hoje visitou um lar de idosos, em São Domingos de Benfica, acusou José Sócrates de ter sido "pouco firme com as companhias" petrolíferas, e de estar "a ser pouco justo com os contribuintes", coisas que estes não sabiam até ao momento !
      Portas sublinhou que o Estado cobra, em 2008, mais 400 milhões de euros em Imposto Sobre Combustiveis (ISC) do que em 2003, e por aqui se ficou.

      Olhando para o trio de deputados do CDS-PP na fotografia acima, poderemos dizer que os mesmos estarão a ser vítimas de "ideiojacking" e de "cabelojacking".

      Veja o artigo original: Paulo Poras e o seu "fiscojacking"

      quarta-feira, 21 de maio de 2008

      José Sócrates condenado !


      Decisão do Tribunal da Relação de Lisboa

      O líder do Governo foi condenado a pagar uma indemnização de 10 mil euros a um jornalista do "Público", por danos não patrimoniais. O caso remonta a Março de 2001.
      Segundo o jornal Expresso de hoje, o primeiro-ministro José Sócrates foi condenado, na semana passada, pelo Tribunal da Relação de Lisboa, a pagar 10 mil euros por danos não patrimoniais causados ao jornalista do "Público" José António Cerejo.
      Em Março de 2001, José Sócrates, então ministro do Ambiente, escreveu uma carta publicada no Público em que acusava o jornalista de ser "leviano e incompetente" e acusando-o de servir "propósitos estranhos à actividade de jornalista".
      Sócrates reagia assim às notícias de Cerejo que se referiam à forma como José Sócrates concedeu um subsídio de um milhão de euros à Associação de Defesa do Consumidor (Deco).
      O jornalista entendeu que a carta manchava o seu 'bom nome' e meteu um processo em tribunal contra o dirigente socialista, pedindo 25 mil euros de indemnização.
      O trio de juízes considerou agora que a carta criou um "ambiente de dúvida que afecta a credibilidade do jornalista" e, por isso, condenou o primeiro-ministro a pagar 10 mil euros a António Cerejo.
      Sócrates afirma agora que deu instruções ao seu advogado para recorrer desta sentença para o Supremo Tribunal de Justiça.
      Embora seja lamentável o tempo infindo que a justiça portuguesa leva a decidir sobre qualquer caso, o que na maior parte das vezes acaba por beneficiar o «infractor», a verdade é que desta vez acaba por ter algum impacto (para além da multa, que certamente custará pouco ao Sr. José Sócrates Pinto de Sousa a pagar...) pelo facto do réu agora condenado ocupar as funções que ocupa na hierarquia do «Estado a que tudo isto chegou» !
      É caso para dizer: a Justiça tarda mas não falta.
      E tardará mais certamente com o mencionado recurso para o STJ.
      E já agora
      , dado que a tripulação do voo fretado à TAP para transportar o Sr. José Sócrates e comitiva não teve coragem de chamar a atenção do PM para o facto de estar a infringir o regulamentado no DL nº 254/2003 e na Lei nº 37/2007, ficamos todos à espera das sanções neles previstas. Certamente que só daqui a 8/10 anos, claro !
      Quando estiver reformado do Parlamento e com algum «tacho» numa empresa pública ou privada, para não destoar dos colegas...

      Veja o artigo original: Sócrates condenado a indemnizar jornalista do "Público"

      Dificuldade de governar


      Todos os dias os ministros dizem ao povo
      Como é difícil governar. Sem os ministros
      O trigo cresceria para baixo em vez de crescer para cima.
      Nem um pedaço de carvão sairia das minas
      Se o chanceler não fosse tão inteligente. Sem o ministro da Propaganda
      Mais nenhuma mulher poderia ficar grávida. Sem o ministro da Guerra
      Nunca mais haveria guerra. E atrever-se ia a nascer o sol
      Sem a autorização do Führer?
      Não é nada provável e se o fosse
      Ele nasceria por certo fora do lugar.

      ...

      Ou será que
      Governar só é assim tão difícil porque a exploração e a mentira
      São coisas que custam a aprender?



      Bertold Brecht - Dramaturgo, poeta e encenador (1898-1956)

      terça-feira, 20 de maio de 2008

      Quem acham que vai ser o 4º accionista do novo Totta Angola ?


      CGD e Santander Totta irão controlar capital de banco local


      Segundo o jornal Público de hoje, a Sonangol e empresas angolanas não especificadas vão ser parceiros do Santander no Totta em Angola.

      O acordo sobre o banco Totta de Angola prevê a aquisição de 49 por cento pela Sonangol e outros angolanos e a divisão do restante capital pela Caixa Geral de Depósitos e o Santander Totta, revelou hoje o presidente do banco estatal.

      A Sonangol ficará com 25 por cento do capital e outras empresas angolanas com 24 por cento, enquanto o Santander Totta e a CGD dividem a maioria do capital, ou seja os restantes 51 por cento.

      Quem não adivinhou já quem serão as tais «outras» empresas angolanas a dividir o bolo ?

      Veja o artigo original: Sonangol e empresas angolanas serão parceiros do Santander no Totta em Angola

      Poucas vergonhas no País do nada, algures no Norte de África



      Renato Sampaio diz que as redes de água têm perdas de até 50 por cento e que o custo está a ser imputado ao consumidor

      O deputado socialista Renato Sampaio, autor da lei que proíbe a cobrança de taxas associadas aos contadores para os serviços públicos essenciais, considerou que “é ilegal” cobrar para disponibilizar estes serviços.
      A 26 de Maio entra em vigor aquela lei, que proíbe a cobrança de taxas associadas a contadores para os serviços públicos essenciais, bem como de “qualquer outra taxa de efeito equivalente” e de “qualquer taxa que não tenha uma correspondência directa com um encargo em que a entidade prestadora do serviço efectivamente incorra”, mas as autarquias e as grandes empresas decidiram cobrar taxas para disponibilizar serviços essenciais como a água, luz e gás.
      Esta atitude
      , que está a indignar o País mas sobre a qual nenhum dos mais altos responsáveis se pronunciou aínda, já provocou fortes reacções por parte das associações de defesa dos consumidores, as quais se preparam para uma longa batalha jurídica caso o Governo não imponha o bom senso dos autarcas.
      Aliás, há muito que as autarquias passaram a cobrar uma chamada "taxa de passagem" que por ser de baixo valor mas multiplicada por milhões vai enchendo os seus cofres.
      Isto porque o Estado caloteiro a que isto chegou também não cumpre com a Lei das Finanças Locais, estando a dever milhões às autarquias.
      E, no meio desta pouca vergonha, quem paga são sempre os mesmos e desta vez a dobrar
      - nos seus impostos em que a parte que lhes cabe por Lei não vai para as autarquias e directamente às mesmas nas taxas que estas inventam para arranjar meios a todo o custo.
      Estamos a viver tempos de profunda crise de valores morais e éticos: O Presidente da República mantém uma posição de passividade e silêncios quebrados por ténues «recados», o Governo em geral é o que se sabe e o Primeiro Ministro faz aprovar Leis no Parlamento que não cumpre, simula habilitações que não possui ou que adquiriu em «saldo» através de um amigo que é arguido em processo relacionado com a Universidade de onde vieram as célebres 5 cadeiras que lhe permitiram fazer-se passar por Engenheiro, e aínda mostra uma atitude de gozo para com os cidadãos deste País.
      As sessões plenárias do Parlamento
      , onde deveriam comparecer os deputados já que para isso são pagos, mantêm-se na maior parte das vezes quase vazias a ponto de há dias o PSD ter querido confrontar o PS/Governo e ter tido que requerer o adiamento da sessão pois durante todo o dia só tinha conseguido reunir cerca de 25 dos seus 75 deputados.
      O espectáculo de gladiadores em que se transformou a sucessão de Luis Filipe Meneses na presidência do PSD, o maior partido da oposição até agora, é tudo menos dignificante
      .
      O
      ex-partido do «taxi», hoje «partido da combi», anda entretido a ajudar o seu lider a atravessar todo o resto de deserto que lhe faltava atravessar até que a sua ambição (ego) e ausência de alternativas, por fuga dos «históricos», lhe permita completar o tempo mínimo para a reforma que certamente vai requerer logo que possível.
      O PCP/VERDES
      aínda não aderiu à teoria da relatividade de Einstein, mantendo-se no domínio das leis de Newton para as quais a variável "tempo" tem pouca importância em termos macroscópicos. Assim, mantem inalterados os slogans do PREC cantados pela CGTP e a quem já ninguém liga. A UGT continua a seguir o princípio pragmático de nunca assumir posições claras em relação aos pomos de discórdia com os Governos e Entidades Patronais, dizendo umas vezes que «nim» e outras que «são».
      E como epílogo triste desta tragicomédia, o BE diz umas verdades e substitui-se a toda a oposição que anda entretida com frivolidades e guerras intestinas mas, como «partido da trotinete» que é, ninguém lhe reconhece mais do que a simpatia e boas intenções.
      E assim vai a treta deste País podre em que já ninguém acredita e onde o facto político mais importante desde há um ano foi a segunda vitória do Sporting na Taça de Cagaçal, perdão, de Portugal!


      Veja o artigo original: Municípios acusados de cobrança ilegal de taxa de disponibilidade

      Forte baixa no investimento estrangeiro em Portugal e no exterior

      O investimento directo estrangeiro (IDE) em Portugal, assim como o investimento das empresas portuguesas no estrangeiro, registou uma diminuição superior a cinquenta por cento em 2007, segundo dados que a União Europeia (UE) hoje divulgou.
      Tal situação não causa estranheza face à falta de atractivo de uma economia em estagnação e elevada carga fiscal, tanto em termos individuais quer em relação às empresas, com uma população activa de baixíssimos níveis de formação e em que só para garantir o (mau)funcionamento do Estado são delapidados mais de 50% di PIB.

      Os números do organismo responsável pelas estatísticas europeias, Eurostat, mostram que o IDE originário de outros países da UE recuou de 6,4 mil milhões de euros em 2006 para 2,8 mil milhões de euros no ano passado, enquanto que os investimentos estrangeiros originários fora do espaço 27 caíram de 2,7 mil milhões de euros para 1,3 mil milhões de euros.

      Os países extracomunitários responsáveis pela maior parte do fluxo de investimentos em Portugal foram, em 2007, os Estados Unidos (300 milhões de euros), Canadá (200 milhões de euros), e Índia (200 milhões de euros).

      A tendência de forte baixa em Portugal contrasta com o aumento do IDE na UE como um todo.

      Em 2007 os Estados-membros da UE receberam mais 23,3 mil milhões de euros de IDE intra-comunitário em comparação com 2006 (de 445,9 mil milhões de euros para 469,2 mil milhões de euros) com o IDE originário de países fora da UE a subir de 168,9 mil milhões de euros para 319,2 mil milhões de euros.

      O IDE português no bloco europeu também baixou de 3,6 mil milhões de euros em 2006 para 2,8 mil milhões de euros em 2007, com o investimento português nos países fora da UE a cair de 1,9 mil milhões de euros para 1,7 mil milhões de euros, segundo o Eurostat.

      Os países extra-comunitários em que Portugal mais investiu em 2007 foram o Brasil e os Estados Unidos (400 milhões de euros em cada país) e a Suíça (100 milhões de euros).

      Por seu lado, o IDE entre os 27 progrediu de 455,4 mil milhões de euros para 552 mil milhões e para o resto do mundo a subir de de 275,0 para 419,9 mil milhões de euros.

      domingo, 18 de maio de 2008

      Este Senhor aínda se dá ao luxo de nos gozar ?


      Veja o video: Sócrates constipado?


      Depois de cândidamente afirmar à comunicação social que "não sabia que era proibido fumar a bordo" e de ter feito um pedido de desculpas público pelo facto prometendo que iria deixar o vício, este senhor que ocupa no momento o cargo de Primeiro Ministro de Portugal inverte o seu cínico discurso e aínda nos goza a todos com as respostas que dá aos jornalistas numa espécie de conferência de imprensa convocada para falar de frivolidades ?
      Pensará ele que alguém estava preocupado com a sua saúde ? Só se fosse para saber se os sintomas eram os de uma infecção pelo «deng», «ébola» ou outro que tal...
      O assunto, para além de demonstrar a falta de honestidade moral e até uma certa «pacovinice» do visado, não mereceria nem mais uma linha na imprensa mas parece que o Sr. José Sócrates quer mesmo provocar-nos e, sendo assim, talvez se saia mal desta, já que aínda se não deu mal com as tais 5 cadeiras que o amigo da Universidade Independente que é arguido em tribunal lhe "ofereceu" por fax!

      Sondagem séria ?


      O Correio da Manhã publica em 17 Maio 2008 - 11h30 uma sondagem dirigida a todos os portugueses que se afirmam como eleitores do PSD, e não só aos militantes do PSD com quotas em dia, pela qual ficamos a saber que os mesmos preferem Ferreira Leite relativamente aos outros candidatos.

      Para além do insólito do tipo de "universo" a que se destina, o modo como a referida sondagem foi feito até admitiu uma pergunta de resposta livre onde se verifica que «os portugueses que se afirmam como eleitores do PSD» até votam em quem não é candidato e no próprio Presidente da República!

      Se o objectivo tivesse sido sério
      na realização de uma sondagem deste tipo e se tentasse avaliar a posição relativa entre os vários candidatos, a sondagem teria algum valor e poderia contribuir para que os leitores ficassem com um melhor conhecimento da correlação de forças em disputa.

      Se a sua finalidade era medir o grau de «estupidez» do povo português, então aí sim conseguiu o seu objectivo pois quem escolhe o PR para presidente do PSD (1%) só deve saber e interessar-se por «futebulês». E o pior é que são muitos...

      Se o objectivo encapotado era dar a conhecer ao País que José Sócrates continua "nas graças" do povo português aí atingiu a «mouche», embora todos saibamos que "as sondagens valem o que valem". Mas lá que este povo é masoquista é. Senão, não teria aguentado os 40 anos de ditadura seguidos destes 34 de regabofe!

      " Um povo imbecilizado e resignado, humilde e macambúzio, fatalista e sonâmbulo, burro de carga, besta de nora, aguentando pauladas, sacos de vergonhas, feixes de misérias, sem uma rebelião, um mostrar de dentes, a energia dum coice, pois que nem já com as orelhas é capaz de sacudir as moscas..."

      Guerra Junqueiro escrito em 1886

      No meio disto tudo parece que Ferreira Leite, ao ser confrontada com a sondagem, teve o bom senso de dizer - "O resultado que verdadeiramente me interessa é o do voto dos militantes, no dia 31 de Maio".

      Para quem queira conhecer os resultados da sondagem na integra vá a Sondagem: Preferências dos portugueses para o PSD

      ´Ganda Noia´ pede reforma vitalícia aos 50 anos



      SEM COMENTÁRIOS ... UMA VEZ QUE ESTAS REFORMAS E OS RESPECTIVOS PRAZOS FORAM ESTIPULADAS E APROVADAS PELOS PRÓPRIOS DEPUTADOS DE TODOS OS PARTIDOS POLÍTICOS AO LONGO DOS TEMPOS E COM A NOSSA COMPLACÊNCIA !

      Luís Marques Mendes junta-se a Almeida Santos, Manuela Ferreira Leite e Narana Coissoró no clube dos ex-deputados com reformas vitalícias. A informação foi avançada pela edição on-line do jornal Sol, que confirmou este dado junto dos serviços da Assembleia da República.
      O ex-deputado e líder do PSD pediu a atribuição da subvenção mensal vitalícia, mas o caso ainda irá ser processado pela Caixa Geral de Aposentações.
      Em média, cada beneficiário recebe por ano 20 mil euros, o que dá uma pensão mensal média de 1666 euros durante 12 meses. Todos os deputados que até 2009 cumpram 12 anos na Assembleia da República têm direito a pedi-la, o que se aplica perfeitamente a Marques Mendes, uma vez que exercia desde 1987, embora em alguns períodos tenha suspendido o mandato para assumir funções governamentais.
      Segundo a lei, o valor da pensão é calculado «à razão do vencimento base correspondente à data da cessação de funções do cargo em cujo desempenho o seu titular mais tempo tiver permanecido, por ano de exercício, até ao limite de 80%». O vencimento bruto de um deputado é de 3.631,39 euros. 80 % desse valor é 2905 euros sujeitos a impostos, escreve ainda o jornal Sol.
      Contactada pelo PortugalDiário, a secretária-geral da Assembleia da República, Adelina de Sá Carvalho, não adiantou qualquer informação sobre este assunto.
      Lista de reformados da CGA...Deficiente das FA - Exército - pag 7

      Evolução do desemprego no 1º trimestre de 2008

      INE revela sinais contraditórios na área do emprego

      Jornal Público de 17.05.2008, João Ramos de Almeida


      De acordo com o Instituto Nacional de Estatística, 137 mil pessoas deixaram o mercado de trabalho no primeiro trimestre de 2008

      O emprego cresceu e o desemprego retrocedeu ligeiramente no primeiro trimestre deste ano. Mas esta poderá não ser a tendência de fundo. Tem vindo a aumentar o número de pessoas que, tendo ou não emprego, deixaram o mercado de trabalho. Naquele período, foram 137 mil. Por outro lado, registou-se um aumento significativo do emprego no sector público.

      Os números do inquérito ao Emprego do Instituto Nacional de Estatística (INE), referente ao primeiro trimestre de 2008, poderiam parecer os mais animadores, dada a conjuntura económica de abrandamento no mesmo período. Mas os números revelam uma situação incerta no mercado de trabalho.
      A taxa de desemprego manteve a sua tendência descendente desde o início de 2007. No primeiro trimestre, situou-se em 7,6 por cento, quando há um ano era de 8,4 por cento. No quarto trimestre de 2007, estava em 7,8 por cento.
      Esta redução deveu-se a dois factores. Por um lado, a uma desistência na procura de trabalho.
      Das 439.500 pessoas que estavam desempregadas no 4.º trimestre de 2007, 17,2 por cento (75.600) passaram a "inactivas" no 1.º trimestre de 2008. Ou seja, abandonaram o mercado de trabalho, seja porque desistiram de procurar, seja porque as oportunidades de trabalho não eram satisfatórias ou porque se resguardaram no meio familiar. Trata-se de um fenómeno habitual em conjunturas depressivas. O INE assinala que este número foi, aliás, superior aos verificados nos 3.º e 4.º trimestres de 2007.
      Esse abandono tocou também 62 mil pessoas empregadas. No total, de um trimestre para o outro, verificou-se a saída do mercado de trabalho de aproximadamente 137 mil pessoas (entre desempregados e empregados).
      Mas, por outro lado, o mercado absorveu desempregados. Cerca de 18,5 por cento dos desempregados no final de 2007 encontraram emprego (81.300 pessoas). Apesar de esse valor ter sido inferior ao verificado nos outros trimestres de 2007, a nota do INE, refere que "as saídas do desemprego (...) foram em termos relativos mais intensas do que as saídas do emprego".
      Mesmo assim, registou-se que 1,2 por cento dos 5,188 milhões de empregados no 4.º trimestre de 2007 passaram para o desemprego (cerca de 62 mil pessoas).
      O emprego parece ter tido uma tendência bastante favorável. Os dados do INE registam um crescimento de 1,1 por cento no 1.º trimestre de 2008 quando comparado com o 1.º trimestre de 2007 (mais 55.300 pessoas). Mas foi apenas de 0,1 por cento face ao 4.º trimestre de 2007 (2800 pessoas).
      Que tipo de emprego foi esse? Por um lado, empregos aparentemente temporários e pouco ligados a um despertar da actividade económica. Trata-se de empregos sobretudo no sector dos serviços - comércio, alojamento e restauração. O emprego na agricultura e na indústria continua a descer. Depois, trata-se de empregos de contrato a prazo, tendo-se verificado uma diminuição dos contratos sem termo.
      Por outro lado, registou-se uma subida significativa do emprego no sector público. No 4.º trimestre de 2007, o seu valor situou-se em 967 mil pessoas, mas, no 1.º trimestre de 2008, elevou-se para 979.500 pessoas. Este deverá ser um elemento a acompanhar no futuro - se esta subida foi ocasional ou representa o sinal de uma opção política de amortecer os efeitos da conjuntura económica.

      sexta-feira, 16 de maio de 2008

      Sessões plenárias da AR pràticamente vazias

      Segundo o jornal Sol de hoje, a sessão plenária da Assembleia da República de 15 de Maio de 2008, que havia sido agendada pelo PSD, nunca contou com mais do que cerca de 25 presenças dentre os 75 deputados que compõem a bancada parlamentar deste partido.

      "Guilherme Silva, Patinha Antão, Miguel Santos, Feliciano Barreiras Duarte, José Matos Correia, José Cesário e Duarte Pacheco. São estes os únicos deputados sociais-democratas que faltaram à sessão plenária de quinta-feira, segundo o registo de presenças publicado esta tarde no site da Assembleia da República.
      O debate foi sobre políticas de família e tinha sido marcado a pedido do PSD. Na bancada, contudo, nunca chegaram a estar mais de 25 deputados, apesar de os sociais-democratas terem 75 lugares. A votação dos seis projectos apresentados pelo PSD foi adiada para esta sexta-feira precisamente por se encontrarem no plenário poucos deputados.
      «Eu pedi o adiamento da votação, como é direito de quem faz o agendamento potestativo, porque verifiquei que faltavam alguns deputados do partido», afirmou ao SOL Hugo Velosa, vice-presidente da bancada.
      O deputado madeirense, que fez o debate, estranha a discrepância nos números, mas lembra que os deputados não são obrigados a ficar na reunião, sendo a sua presença necessária apenas nas votações. «Há muitos outros serviços que podem requerer a presença dos deputados, como audições de pessoas, reuniões ou trabalhos para o partido», disse Hugo Velosa, que lamenta, no entanto, a pouca comparência na sessão propriamente dita.

      Outra razão para a falta dos deputados está na campanha para a liderança do partido, que começa a entrar num ritmo mais acelerado. Além de dois deputados serem também candidatos - o líder parlamentar Santana Lopes e o deputado Patinha Antão -, a campanha envolve os esforços de muitos outros directamente afectos às candidaturas.
      A ausência de muitos deputados do PSD durante o debate de quinta-feira mereceu até, na altura, uma crítica do líder parlamentar do BE. «A inflação dos projectos é inversamente proporcional ao interesse da bancada», disse Luís Fazenda."

      Esta notícia só nos surpreende pelo facto de ser objecto da atenção dos meios de comunicação social, neste caso particular - do Sol, uma vez que a situação descrita é frequente na AR e atinge todos os partidos políticos com maior representatividade tais como o PS, PSD e CDS-PP.

      Trata-se efectiva e infelizmente de uma atitude frequente por parte dos «representantes» da democracia, que não dignifica o cargo que ocupam e mostra uma pefeita falta de carácter moral e de ética de quem a assume.

      As "desculpas" apresentadas neste caso por Hugo Velosa, podendo ser teòricamente reais, não são de modo nenhum atendíveis. Isto porque, para além de tudo, o PSD assume actualmente a liderança do número de faltas dos seus deputados às sessões plenárias da AR.

      Fiquem os partidos políticos cientes, sem excepção, de que «O Voo do Falcão» irá fazer um estudo aprofundado sobre o comportamento dos 230 deputados na AR, a coberto da «saga» que iniciámos com o artigo Refundação da democracia-portuguesa - parte 1

      quinta-feira, 15 de maio de 2008

      Manifestação de deficientes da Forças Armadas



      Deficientes das Forças Armadas "Pedem respeito" ao Estado Português

      Segundo noticia o Correio da Manhã de hoje em crónica assinada por Antunes de Oliveira "Milhares de militares portugueses ficaram estropiados durante a Guerra Colonial em Angola, Moçambique e Guiné-Bissau. Ontem 1500 daqueles homens marcharam mais uma vez, muitos deles com a ajuda de muletas ou cadeiras de rodas, até à Assembleia da República, para pedirem mais respeito por parte do Estado e, entre outras reivindicações, melhores condições na assistência de saúde.
      José Arruda, presidente da Associação dos Deficientes das Forças Armadas (ADFA), que promoveu a manifestação de ontem, disse ao CM que os militares feridos em combate tinham direito a todos os medicamentos gratuitos, o que perderam em 2006, passando apenas a poder adquirir gratuitamente remédios relacionados com a sua deficiência.
      Após mais de uma hora de marcha entre o Largo da Estrela e a Assembleia da República, os manifestantes ficaram em frente ao Parlamento, enquanto José Arruda entregou uma moção com as exigências ao presidente da Assembleia e grupos parlamentares.
      Os deputados António Filipe (PCP), João Rebelo (CDS-PP) e Francisco Louçã (BE) receberam os manifestantes nas escadarias da Assembleia. "Foram todos impecáveis, menos os deputados do PS e do PSD, que entenderam não estar aqui", disse José Arruda no final da iniciativa."
      É realmente uma vergonha a maneira como o Estado Português se vem comportando com quem lutou de armas na mão para defesa da Pátria numa guerra que se poderá considerar polémica sob o aspecto político, mas que ceifou a vida de muitos milhares de portugueses e atirou para os braços da "deficiência visível e invisível" outros tantos.
      Haverá alguém com um mínimo de inteligência e bom senso, com exclusão deste Governo e pelos vistos do PSD, que considere que um "deficiente", seja ele civil ou ex-militar, tem o mesmo nível de custos na sua vida «normal» do que um "não deficiente"?
      Tal como em relação aos cerca de 500.000 cidadãos portugueses que se viram obrigados a abandonar todos os seus haveres e a recomeçar as suas vidas neste pequeno rectângulo sem honra nem qualquer compensação para além do alojamento em pensões de miséria, à custa do que muitos continentais enriqueceram ilegalmente através do IARN, a maior parte deles com uma vida inteira passada nas então denominadas Províncias Ultramarinas e com filhos lá nascidos e criados, o Estado Português não se portou como «pessoa de bem».
      Por mim e por aquilo a que assisti nos últimos 34 anos, acho que Portugal deixou há muito de ser um Estado de Direito!!! Os últimos acontecimentos que envolveram a polémica gerada pelas verdades ditas em público por Bob Geldof e os insultos vindos de Angola e sem reacção de Portugal provam-no.

      Faltas dos deputados do PS às sessões plenárias da Assembleia da República


      Sem sucesso tentativa de bater o record do PSD


      Os deputados do Partido Socialista já registaram mais de 500 faltas nas sessões plenárias, só nesta sessão legislativa, que termina a 18 de Julho, noticia esta segunda-feira o Correio da Manhã. Apesar disso, não são os mais faltosos.
      O líder parlamentar dos socialistas chamou a atenção dos colegas. Alberto Martins exigiu mais assiduidade e alertou para o facto de os espaços vazios nas bancadas criarem má imagem.
      «Há uma percepção pública, uma ideia que não é real e que é preciso combater. A ideia de ausência tem de ser combatida com a presença», disse Alberto Martins citado pelo CM.
      De acordo com o jornal, Paula Cristina Duarte, Manuel Alegre e Alcídia Lopes são deputados socialistas que mais faltas cometeram, respectivamente 34, 33 e 22. A maioria das faltas cometidas é justificada com motivos de doença e trabalho político.
      Apesar de os deputados do PS já terem mais de 500 faltas registadas nesta sessão legislativa não estão no topo da lista dos faltosos. O primeiro lugar é ocupado pelo PSD.

      terça-feira, 13 de maio de 2008

      Sócrates volta da Venezuela num bote a remos






      José Sócrates





      Petroleiro que tráz para Portugal
      o primeiro carregamento de crude


      Caracas, 13 Mai (Lusa) - "A GALP assinou hoje com a Petróleos da Venezuela (PDVSA) cinco acordos, prevendo importações de petróleo de quatro milhões de barris em 2009, a liquefacção e comercialização conjunta de gás e a construção de quatro parques eólicos.
      Os acordos foram assinados pelos presidentes da GALP e da PVSA na presença do chefe de Estado venezuelano, Hugo Chavez, e do primeiro-ministro, José Sócrates.
      Além de ter começado com cerca de uma hora de atraso, a cerimónia foi longa e insólita, com o presidente Chavez a falar mais de uma hora (com Sócrates quase sempre em silêncio ao seu lado) e a interpelar por várias vezes o presidente da GALP, Ferreira de Oliveira, ou empresários portugueses que estão envolvidos em negócios com a Venezuela.
      Chavez resolveu apresentar os 14 acordos celebrados entre Portugal e a Venezuela um a um, deixando muitas piadas pelo meio...
      "Que o nosso primeiro petroleiro chegue a Lisboa antes de Sócrates", disse, numa referência à visita oficial de três dias do primeiro-ministro português..."

      José Sócrates, uma vez findas as negociações, resolveu fazer um jogging até ao porto de Caracas e, vendo o primeiro petroleiro destinado ao nosso País a afastar-se, resolveu acompanhá-lo num bote a remos e pode ser que se perca pelo caminho, para sorte nossa!

      Extraterrestres sem pecado original !!!


      Segundo o «Sol» OnLine de 13 de Maio de 2008, "O Vaticano não exclui existência de extraterrestres

      A fé em Deus é compatível com a crença nos extraterrestres, segundo o director do Observatório do Vaticano, José Gabriel Funes, que admite poder haver um planeta habitado por seres que não cometeram o pecado original."

      E, na nossa modesta opinião sobre as questões teológicas em que se baseia a afirmação, «O Voo do Falcão» pode afirmar que "sem pecado original não há razão para os extraterrestres terem inventado o preservativo."

      Imaginem a surpresa que eles irão ter quando descobrirem a Terra e seus habitantes e virem um! Ah! Ah! Ah!

      O pior será se acertarem logo no nosso querido rectângulo, pois aí, e segundo as sondagens, raros são aqueles que o usam ou usaram, mesmo quando está em causa o HIV.

      Ah! País de valentes!

      Fernando Pessoa homenageado



      Fernando Pessoa uma das personalidades mais influentes da cultura europeia

      Segundo a TSF OnLine de hoje, "o poeta português Fernando Pessoa foi eleito uma das 50 personalidades que mais influência teve na Cultura europeia, ao lado de nomes como da Vinci, Mozart e Einstein, revelou o Bureau Internacional das Capitais da Cultura.
      Este foi o resultado de uma votação de âmbito universitário promovida pela organização da Capital da Cultura Catalã em vários países europeus. Um total de 137.622 pessoas do continente europeu participaram neste inquérito que decorreu durante nove meses. Entre os eleitos, que se destacaram nas áreas das Humanidades, Artes e Ciências encontra-se para além Fernando Pessoa, Leonardo da Vinci, Shakespeare, Mozart, Einstein, Sócrates, Goethe, Galileu Galilei, Carlemany, Erasme de Roterdão e Dostoievski. O presidente do Bureau Internacional de Capitais Culturais e da Organização da Capital da Cultura Catalã, Xavier Tudela, disse que «a Cultura é a essência que une os europeus».
      «Quanto mais se conhecer o legado das pessoas que se destacaram no contributo cultural para o nosso continente mais capazes seremos de construir uma Europa mais forte e sólida», salientou."
      Aqui fica a homenagem de «O voo do Falcão» à sua vida e obra.

      Refundação da democracia portuguesa - parte 2 (Cont.)

      A Abstenção, os votos válidos, brancos e nulos




      Quadro compilado por consulta dos dados constantes do site da Comissão Nacional de Eleições
      Veja seguidamente: Refundação da democracia portuguesa - parte 3

      Mais uma «democracia» sob a influência da China ... Myanmar

      Refundação da democracia portuguesa - parte 2

      A Abstenção, os votos válidos, brancos e nulos





      Quadro compilado por consulta dos dados constantes do site da Comissão Nacional de Eleições


      Para além das conclusões imediatas que acima se apresentam, é de realçar que o efeito combinado «abstenção/Método de Hondt» permite hoje em dia a qualquer partido ter uma maioria absoluta na Assembleia da República e governar a seu belo prazer com uns simples 28,94% reais de votos, ignorando arrogantemente toda a oposição e com a indiferença do maior partido português da actualidade - a «abstenção».
      Veja seguidamente: Refundação da democracia portuguesa - parte 2 (Cont.)