sábado, 7 de julho de 2012

Oportunidades...



Com os nossos agradecimentos a Passos Coelho e Ricardo Araújo Pereira por nos abrirem os olhos...

sexta-feira, 6 de julho de 2012

O Cronista Indelicado - por João Miguel Tavares


"Carta aberta ao reitor da Universidade Lusófona

Exmo. Reitor. Foi com grande satisfação que soube que a Universidade Lusófona conferiu uma licenciatura em Ciência Política ao Dr. Miguel Relvas em apenas 14 meses, reconhecendo dessa forma a sua elevada estatura intelectual. Sempre sonhei com o alargamento das Novas Oportunidades ao Ensino Superior e fiquei muito feliz por terem dado o devido valor à cadeira de Direito que o senhor ministro fez há 27 anos com nota 10. Depois, naturalmente, o processo foi "encurtado por equivalências reconhecidas" (palavras do Dr. Relvas), após análise do seu magnífico currículo profissional.
É dentro desse mesmo espírito que vinha agora solicitar igual tratamento para a minha pessoa. Embora seja licenciado pela Universidade Nova com uns simpáticos 17 valores, a verdade é que o curso levou--me quatro anos a concluir e o Jornalismo anda pela hora da morte. Nesse sentido, e após análise da oferta disponível no site da universidade, venho por este meio requerer a atribuição do grau de licenciado em: Animação Digital (tenho visto muitos desenhos animados com os meus filhos), Ciência das Religiões (às vezes vou à missa), Ciências Aeronáuticas (já viajei muito de avião), Ciências da Nutrição (como imensa fruta), Direito (fui duas vezes processado), Economia (sustento uma família numerosa), Fotografia (tiro sempre nas férias) e Turismo (visitei 15 países). Já agora, se a Universidade Lusófona vier a ministrar Medicina, não se esqueça de mim. A minha mulher é médica, e tendo em conta que eu durmo com ela há mais de dez anos, estou certo de que em seis meses posso perfeitamente ser doutor.


Respeitosamente,

João Miguel Tavares"

in CM Online, 6 de Julho de 2012

Nota: João Miguel Tavares merece ser aqui divulgado sem outro comentário e com o nosso agradecimento, uma vez que O Falcão não diria certamente melhor.

Um curso à medida das novíssimas oportunidades...

O Super Relvas...(dos Santos)!


36 cadeiras semestrais feitas num ano !!! Só mesmo o Super Relvas!...

Biografia de Miguel Fernando Cassola de Miranda Relvas (n. Lisboa, 5 de Setembro de 1961).
É o mais velho de três filhos de João Augusto Garção de Miranda Relvas e de sua mulher Branca da Encarnação Martins Cassola (Portalegre, 17 de Fevereiro de 1936), sendo irmão de José António Cassola de Miranda Relvas (Angola, 15 de Fevereiro de 1963) e de João Manuel Cassola de Miranda Relvas (Angola, 20 de Outubro de 1966).
Viveu em Angola até 1974. De novo em Portugal, frequentou o Colégio Nun'Álvares, em Tomar.
Inscreveu-se pela primeira vez no ensino superior em 1984, no curso de Direito da Universidade Livre, uma instituição privada. Em 1985 concluiu, após frequência escrita e prova oral, a disciplina de Ciência Política e Direito Constitucional, com a classificação de 10 valores.
Em Setembro desse ano pediu transferência para o curso de História, ainda na Universidade Livre. Matriculou-se em sete disciplinas, mas não fez nenhuma.
Em 1995/96 pediu reingresso na Universidade Lusíada para o curso de Relações Internacionais. Não frequentou nenhuma cadeira.
Em Setembro de 2006 requereu a sua admissão à Universidade Lusófona. A Universidade Lusófona analisou o “currículo profissional”, bem como a frequência dos “cursos de Direito e História” anos antes. Em Outubro de 2007 Miguel Relvas concluiu a licenciatura em Ciência Política e Relações Internacionais, curso com um plano de estudos de 36 cadeiras semestrais distribuídas por três anos, com a classificação final de 11 valores. Esta licenciatura foi concluída em apenas um ano.
No registo biográfico entregue no Parlamento quando foi eleito pela primeira vez deputado (na IV Legislatura, iniciada a 4 de Novembro de 1985), Miguel Relvas escreveu na alínea das habilitações literárias: “Estudante universitário, 2.º ano de Direito” – informação semelhante à do registo entregue na legislatura seguinte. Tendo Relvas feito apenas uma cadeira do 1.º ano de Direito [4]. Foi secretário-geral da Juventude Social Democrata, de 1987 a 1989, deputado à Assembleia da República, entre 1985 e 2009, presidente da Assembleia Municipal de Tomar, entre 1997 e 2012, presidente da Região de Turismo dos Templários, entre 2001 e 2002, secretário de Estado da Administração Local de Durão Barroso, entre 2002 e 2004, e secretário-geral do PSD, de 2004 e 2005, e, novamente, a partir de 2010[5]. É o actual Ministro dos Assuntos Parlamentares no governo de coligação PSD-CDS liderado por Pedro Passos Coelho,[6].


Moral da História: Quem tem telhados de vidro, não deve atirar pedras ao do vizinho

domingo, 8 de abril de 2012

Democracia em Portugal...uma MERDA!!!

Verdades indesmentíveis que nos envergonham:

Jotalhada actual da Assembleia da República

Dado o ar «imberbe» da grande maioria dos actuais pseudo-deputados (arrivistas via JS´s e Distritais dos partidos do grande centrão - PS/PSD/CDS-PP), alguns deles devem ter sido aconselhados a suprir a sua falta de preparação com uma "imagem" de maior experiência.

Só assim se explica o facto de os porta-vozes normalmente entrevistados pelas TV´s terem começado a deixar crescer barba...COMO SE ISSO LHES CONFERISSE A FORMAÇÃO, CAPACIDADE E EXPERIÊNCIA QUE NÃO TÊM !!!

Só a nível do (des)Governo isso aínda não aconteceu, mas aínda veremos Coelhos e Álvaritos de barba para ver se os Portugueses os não reconhecem. E entretanto, para disfarçar, toca a incentivar o «relançamento» para as primeiras páginas do pasquim mais lido nesta treta de País ("visto", porque o analfabetismo do Povo português só o deixa ver os "bonecos") da telenovela - Curso do Pinóquio Sócrates...como se TODAS AS BARRACAS COM OS DIVERSOS PROCESSOS JUDICIAIS GRAVÍSSIMOS QUE SE ARRASTAM PELOS TRIBUNAIS ENVOLVENDO POLÍTICOS DE VÁRIAS CORES FOSSEM PROBLEMAS DE MENOR IMPORTÂNCIA...

Tudo serve para fazer esquecer ou esconder o que os (des)Governantes fazem, ou não fazem, e aquilo que a treta da Assembleia de uma  República podre aprova INCONSTITUCIONALMENTE COM EFEITOS...RETROACTIVOS e que este POVO MANSO acata sem nenhum ai !

sábado, 7 de abril de 2012

Filhos da puta...e afins !


Pela coragem em "chamar os boy(i)s pelos nomes", aqui merece ser publicada esta transcrição do Jornal de Barcelos com realce da responsabilidade de «O Voo do Falcão».

“O dia deu em chuvoso”, escreveu Álvaro de Campos. Num tempo soturno, melancólico, deprimente. “Tempo de solidão e de incerteza / Tempo de medo e tempo de traição / Tempo de injustiça e de vileza / Tempo de negação”, diria Sophia de Mello Breyner. Tempo de minhocas e de filhos da puta, digo eu. Entendendo-se a expressão como uma metáfora grosseira utilizada no sentido de maldizer alguém ou alguma coisa, acepção veiculada pelo Dicionário da Academia e assente na jurisprudência emanada dos meritíssimos juízes desembargadores do Supremo Tribunal da Justiça. Um reino de filhos da puta é assim uma excelente metáfora de um país chamado Portugal. Que remunera vitaliciamente uma “sinistra matilha” de ex-políticos, quando tudo ou quase tudo à nossa volta se desagrega a caminho de uma miséria colectiva irreversível.

Carlos Melancia, ex-governador de Macau, empresário da indústria hoteleira, personificou o primeiro julgamento por corrupção no pós 25 de Abril. Recebe, actualmente, 9500€ mensais; Dias Loureiro, um “quadrilheiro” do círculo político de Cavaco, ex-gestor da SLN, detentora do BPN, embolsa vitaliciamente 1700€ cada mês; Joaquim Ferreira do Amaral, membro actual da administração da Lusoponte com a qual negociou em nome do governo de Cavaco Silva, abicha 3000 €; Armando Vara, o amigo do sucateiro Godinho que lhe oferecia caixas de robalos e ex-administrador da Caixa Geral de Depósitos, enfarda nada mais nada menos que 2000€; Duarte Lima, outro dos “quadrilheiros” do círculo político cavaquista, acusado pela justiça brasileira do assassinato de uma senhora para lhe sacar uns milhões de euros, advogado na área de gestão de fortunas, alambaza-se mensalmente com 2200€; Zita Seabra, que transitou do PCP para o PSD com a desfaçatez oportunista dos vira-casacas, actual presidente da Administração da Alêtheia Editores, açambarca 3000€… E muitos, muitos outros, que os caracteres a que este espaço me obriga, me forçam a deixar de referir.

Quero, no entanto, relevar um deles – Ângelo Correia, o famoso ministro do tempo da chamada “insurreição dos pregos”, actual gestor e criador de Passos Coelho que, nesta democracia de merda, chegou a primeiro-ministro “sem saber ler nem escrever”! Pois Ângelo Correia recebe 2200€ mensais de subvenção vitalícia! E valerá a pena recuperar o que disse este homem ao Correio da Manhã em 14 de Junho de 2010: “A terminologia político-sindical proclama a existência de „direitos adquiridos‟ (…) Ora, numa democracia, „adquiridos‟ são os direitos à vida, à liberdade de pensamento, acção, deslocação, escolha de profissão, organização política (…) Continuarmos a insistir em direitos adquiridos intocáveis é condenar muitos de nós a não os termos no futuro.” Ora, perante a eventual supressão da acumulação da referida subvenção vitalícia com vencimentos privados, o mesmo Ângelo Correia disse à RTP em 24 de Outubro de 2011: “Os direitos que nós temos (os políticos subvencionados) são direitos adquiridos”! Querem melhor? Pois bem. Este é o paradigma do “filho da puta” criador. Porque, depois, há o “filho da puta” criatura. Chama-se Passos Coelho. Ei-lo em todo o seu esplendor, afirmando em Julho de 2010: “Nós não olhamos para as classes médias a partir dos 1000€, dizendo: aqui estão os ricos de Portugal. Que paguem a crise”. E em Agosto de 2010: “É nossa convicção não fazer mais nenhum aumento de imposto. Nem directo nem encapotado. Do nosso lado, não contem para mais impostos”. Em Março de 2011: “Já ouvi o primeiro-ministro (José Sócrates) a querer acabar com muitas coisas e até com o 13.º mês e isso é um disparate”. Ainda em Março de 2011: “O que o país precisa para superar esta crise não é de mais austeridade”. Em Junho de 2011: “Eu não quero ser o primeiro-ministro para dar emprego ao PSD. Eu não quero ser o primeiro-ministro para proteger os ricos em Portugal”. Perante isto, há que dizer que pior que um “filho da puta”, só um “filho da puta” aldrabão. Ora, José Sócrates era um mentiroso compulsivo. Disse-o aqui vezes sem conta. Mas fazia-o com convicção e até, reconheço, com alguma coragem. Este sacripanta de nome Coelho, não. É manhoso, sonso, cobarde. Refira-se apenas uma citação mais, proferida pelo mesmo “láparo”, em Dezembro de 2010. Disse ele: “Nós não dizemos hoje uma coisa e amanhã outra (…) Nós precisamos de valorizar mais a palavra para que, quando é proferida, possamos acreditar nela”. Querem melhor?

“O dia deu em chuvoso”, escreveu Álvaro de Campos. É o “tempo dos coniventes sem cadastro / Tempo de silêncio e de mordaça / Tempo onde o sangue não tem rasto / Tempo de ameaça”, disse Sophia. Tempo para minhocas e filhos da puta, digo eu. É o tempo do Portugal que temos.

Nota – Dada a exposição pública do jornal com esta crónica na última página, este título destina-se apenas a não ferir as sensibilidades mais puras. Ou mais púdicas.

Luís Manuel Cunha in Jornal de Barcelos de 02 de Novembro de 2011. [autor]

As minhas vénias.

Aberta definitivamente a caça ao coelho...

Este Falcão não tem andado nada bem...

Não sei se devido ao cansaço anterior de uma "guerra" intensa e duradoura contra o nariz do Pinóquio e de uma deficiente alimentação baseada essencialmente na madeira de que o dito foi feito pelo seu criador Geppeto, se devido à época de "defeso" na caça ao coelho neste País da treta onde eles se escondem por trás dos Cavaquitos, Álvaritos e Gasparitos para ver se escapam ao destino que a natureza lhes reservou.

A verdade é que, como se sabe, a alimentação natural das aves do meu tipo consiste bàsicamente em outras aves menos dotadas, roedores diversos e...finalmente...coelhos de toda a espécie. Confesso, contudo, que prefiro coelhos bravos a coelhos de capoeira mas...à falta daqueles, um bom e aperaltado "coelho de capoeira" lá vai bem. Mas eis que aparece neste rectângulo uma nova espécie com este intimamente aparentada, de tom alaranjado e de carácter duvidoso, para não dizer mentiroso ! O denominado "Lyer Steps Rabbit", cujo nariz faz concorrência ao do parisiense Pinóquio mas de...carnes mais tenras, o que me dá um certo alento quanto à expectativa de uma melhor alimentação, já que de "guerra" nem vale a pena falar pela continuidade da postura vigarista de ambos. 

É, assim, com imensa alegria e já com alguma saliva no bico que acho mais que oportuna a abertura definitiva da caça ao dito coelho, a bem da minha própria saúde, da dos Linces da Malcata e da de todos os que neste momento estejam a ser «comidos» pela matilha que rodeia este tipo de leporídeo...

Bom apetite a todos

sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

Estará o Sr. Silva das vacas senil, ou quer tomar-nos a todos por parvos ?

Segndo o Jornal de Negócios Online de 24 de Fevereiro de 2012

O Presidente da República assumiu hoje ter ficado "um pouco surpreendido" com os números do desemprego apresentados na semana passada pelo Instituto Nacional de Estatística.

"Fiquei um pouco surpreendido", respondeu Cavaco Silva, citado pelo site do “Público”, quando confrontado com os números do desemprego, com a taxa a atingir um recorde e 14% no último trimestre de 2011. O Presidente da República realçou a preocupação com o desemprego jovem, que se situa em 35,4%. Questionado se acha que a emigração dos jovens é uma solução, Cavaco respondeu: "Espero bem que não."

Ora, face a esta "estupefacção" do PR, não poderemos deixar de fazer as seguintes considerações:

De tantos «tiros no pé», este PR vai certamente conseguir acabar o seu mandato com a pior opinião possível por parte dos Portugueses, dentre todos os PR desta recente democracia. 
Consegue estar nesta altura ao nível do salazarengo Almirante Américo Tomaz (O Urso Branco), que só inaugurava fontanários pelo País e mantinha no poder a matilha que «torpedeou» aquilo a que a História chamou de "primavera marcelista".
Enfim, parece que está senil...pois, para um doutorado por "York", os números que forem aparecendo quanto à conjuntura, nomeadamente os do desemprego, NUNCA poderão causar estranheza, dada a situação económico/financeira que os nossos recentes políticos, PASSADOS e PRESENTES, nos conseguiram criar! E aínda mais porque sabemos que as actuais percentagens são "por baixo", dado que as reais não são tidas em conta nas estatisticas.
Só quem nunca avaliou o "papel de embrulho" que os Centros de Emprego constituem é que não sabe que há muito que...um grande número de desempregados desistiu de aí se inscrever. E as percentagens só dizem respeito a inscrições oficiais, O QUE CONVÉM para a estatística, claro!
E, se calhar, também irá mostrar-se admirado pelo facto de a maioria dos nossos "empresários" estar mais interessado nos seus próprios lucros imediatos à custa de uma política passadista de «downsizing => desemprego» (como se mostrou no seu objectivo principal de embaratecer o despedimento) do que em investir, inovar e criar empregos...o que até demoraria muito tempo mesmo que houvese essa intenção, que NÃO HÁ NA REALIDADE.
Por ventura, este Sr Silva, PR, também não se terá dado aínda conta de que o que está a manter a economia a funcionar são, não os 25% oficiais atribuidos à ECONOMIA PARALELA, mas sim os já quase 40% REAIS da mesma?
Mas tudo tem um limite e ele, como todos sabemos, já foi ultrapassado há muito...
Por isso, talvez fosse de lhe recordar e ao seu "miudo" Passos Coelho, aqulele velho ditado português,

«Quem semeia ventos...colhe tempestades».

Carta aberta ao Sr. Silva das vacas...escrita por José Nogueira Pardal

"Exmo Senhor Presidente da República
Lisboa

Vou usar um meio hoje praticamente em desuso mas que, quanto a mim, é a forma mais correcta de o questionar, porque a avaliar pelas conversas que vou ouvindo por aqui e por ali, muitos portugueses gostariam de ver esclarecidas as dúvidas que vou colocar a V/Exa e é por tal razão que uso a forma "carta aberta", carta que espero algum dos jornais a que a vou enviar com pedido de publicação dê à estampa, desejando que a resposta de V/Exa fosse também pública.

Tenho 74 anos, sou reformado, daqueles que descontou durante 41 anos, embora tenha trabalhado durante 48, para poder ter uma reforma e que, porque as pernas já me não permitem longas caminhadas e o dinheiro para os transportes e os espectáculos a que gostaria de assistir não abunda, passo uma parte do meu dia a ler, sei quantos cantos há nos Lusíadas, conheço Camilo, Eça, Ferreira de Castro, Aquilino, Florbela, Natália, Sofia e mais uns quantos de que penso V/Exa já terá ouvido falar e a "navegar na net".

São precisamente as "modernices" com que tenho bastante dificuldade em lidar que motivam esta minha tomada de posição porquanto é aí que circulam a respeito de V/Exa afirmações que desprestigiam a figura máxima do País Portugal, que, em minha opinião, não pode estar sujeita a tais insinuações que espero V/Exa desminta categoricamente.

Passemos à frente das insinuações de que V/Exa foi 1º Ministro de Portugal durante mais de dez anos, época em que V/Exa vendeu as nossa pescas, a nossa agricultura, a nossa indústria a troco dos milhões da CEE, milhões que, ao contrário do que seria desejável, não serviram para qualquer modernização ou reforma do nosso País mas sim para encher os bolsos de alguns, curiosamente seus correligionários, senão mesmo, seus amigos. Acredito que esse tempo que vivemos sob o comando de V/Exa e que tanto mal nos fez foi apenas fruto de incompetência o que, sendo lamentável, não é crime, os crimes foram praticados por aqueles que se encheram à custa do regabofe, perdoe-me o popularismo, que se viveu nessa época e que, curiosamente, ou talvez não, continuam sem prestar contas à justiça.

Entremos então no que mais me choca, porque nesses outros comentários, a maioria dos quais anónimos mas alguns assinados, é a honestidade de V/Exa que é posta em causa e eu não quero que o Presidente da República do meu país seja o indivíduo que alguns propalam pois que entendo que o cargo só pode ser ocupado por alguém em quem os portugueses se revejam como símbolo de coerência e honestidade, é assim que penso que nesta carta presto um favor a V/Exa, pois que respondendo às questões que vou colocar, findarão de vez as maledicências que, quero acreditar, são os escritos que por aí circulam.

1ª Questão

Circula por aí um "escrito" que afirma que V/Exa, professor da Universidade Nova de Lisboa, após ser ministro das finanças, foi convidado para professor da Universidade Católica, cargo que aceitou sem se ter desvinculado da Nova o que motivou que lhe fosse movido um processo disciplinar por faltar injustificadamente às aulas da Nova, processo esse conducente ao despedimento com justa causa, que se teria perdido no gabinete do então ministro da educação, a quem competiria o despacho final, João de Deus Pinheiro, seu amigo e beneficiado depois de V/Exa ascender a 1º Ministro com o lugar de comissário europeu, lugar que desempenhou tão eficazmente que o levou a ficar conhecido como "comissário do golfe".

Pergunta directa:

Foi ou não movido a V/Exa um processo disciplinar enquanto professor da Universidade Nova de Lisboa ?
Se a resposta for afirmativa, qual o resultado desse processo ?
Se a resposta for negativa é evidente que todas as informações que andam por aí a circular carecem de fundamento.

2ª Questão

Circulam por aí vários escritos sobre a regularidade da transacção de acções do BPN que V/Exa adquiriu. Sendo certo que as referidas acções não estavam cotadas em bolsa e portanto só poderiam ser transaccionadas por contactos directos, vulgo boca a boca, faço sobre a matéria várias perguntas:

1ª - Quem aconselhou a V/Exa tal investimento ?
2ª- A quem adquiriu V/Exa as referidas acções ?
3ª- Em que data, de que forma e a quem vendeu V/Exa as acções ?
4ª- Sendo V/Exa um renomado economista, não estranhou um lucro de 140% numa aplicação de tão curto prazo ?

3ª Questão

Tendo em atenção o que por aí circula sobre a Casa da Coelha, limito-me a fazer perguntas:

1ª- É ou não, verdade, que o negócio entre a casa de Albufeira e a casa da Coelha foi feito como permuta de imóveis do mesmo valor para evitar pagamento de impostos ?
2ª- Se já foi saldada ao estado a diferença de impostos com que atraso em relação à escritura se processou a referida regularização ?
3ª- É ou não verdade que as alterações nas obras feitas na casa da Coelha, nomeadamente a alteração das áreas de construção foram feitas sem conhecimento da autarquia ?
4ª- A ser positiva a resposta à pergunta anterior, se já foi sanado o problema resultante de obras feitas à revelia da autarquia, em que data foi feita tal regularização e se foi feita antes ou depois das obras estarem concluídas ?
5ª- Última pergunta, esta de mera curiosidade, será que V/Exa já se lembra do cartório em que foi feita a escritura ?

4ª- Questão

Esta não circula na Net, é uma questão que eu próprio lhe coloco:

Ouvi V/Exa na TV dizer que tinha uma reforma de 1300 €, que quase lhe não chegava para as despesas, passando fugazmente pela reforma do Banco de Portugal. Assim, pergunto:

1ª- Quantas reformas tem V/Exa ?
2ª- De que entidades e a que anos de serviços são devidas essas reformas ?
3ª- Em quantas não recebe 13º e 14º mês ?
4ª- Abdicou V/Exa do ordenado de PR por iniciativa própria ou por imposição legal ?
5ª Recebe ou não V/Exa alguns milhares de euros como "despesas de representação" ?

Fico a aguardar a resposta de V/Exa com o desejo de que a mesma seja de tal forma conclusiva e que, se V/Exa o achar conveniente, venha acompanhada de cópias de documentos, que provem a todos os portugueses que o que por aí circula na Net, não passam de calúnias e intrigas movidas contra a impoluta figura de Sua Exa o Senhor Presidente da República de Portugal.

A terminar e depois de recordar mais uma das suas afirmações na TV, lembro uma frase do meu avô, há muito falecido, alentejano, analfabeto e vertical:" NÃO HÁ HOMENS MUITO, OU POUCO SÉRIOS, HÁ HOMENS SÉRIOS E OUTRAS COISAS QUE PARECEM HOMENS".

Por mim, com a idade que tenho, já não preciso nem quero nascer outra vez, basta-me morrer como tenho vivido.
Sério.
Com os meus melhores cumprimentos.

José Nogueira Pardal

--O remetente declara-se Objector do Acordo Ortográfico"

Nota: O Voo do Falcão declara-se TOTALMENTE SOLIDÁRIO com o texto acima e só tem pena de "não ter tido o engenho e arte" para o ter escrito tão claramente como este o foi...

sábado, 18 de fevereiro de 2012

Leis anti-corrupção em Portugal...

 Quinta feira, 5 de Janeiro de 2012, o fiscalista Tiago Caiado Guerreiro, a quem nos anos mais próximos não deverá ser permitido voltar a pôr os pés numa televisão, explicou no programa «Opinião Pública» da SIC Notícias como, em Portugal, as leis são feitas exactamente para não ser possível apanhar as pessoas em situação de corrupção...Aliás, todos nós conhecemos casos, ao longo do país todo, de fortunas inexplicáveis que continuam inexplicáveis e que apareceram de repente, após o exercício de cargos políticos ou em ligação com o Poder...as parcerias público-privadas são de certeza casos de polícia e o BPN, são dois casos paradigmáticos em Portugal

quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012

A fabulosa ascensão de uma "Super-Girl" do Reino Laranja...

Este blog recebe diàriamente dezenas de emails de denúncias de situações escandalosas e que têm de ser denunciadas. No entanto, é nosso hábito confirmar a sua veracidade e, se possível, actualizar a informação recebida. É este o caso deste post.

Num email recebido, com informação do ano passado, faz-se simplesmente referência a uma «senhorita» que teria transitado de simples jornalista do DN para Assessora de Imprensa do Ministro da Economia com um vencimento de espantar...

Como a realidade é bem mais grave e convirá saber donde veio, onde esteve e para onde foi a tal «senhorita», aqui fica esse testemunho.

Nome: Maria de Lurdes Vale
Profissão: Jornalista do DN, que passou anteriormente pela Embaixada Portuguesa em Madrid e que aí, cumulativamente, foi correspondente da estação televisiva SIC

Como jornalista do DN, assinou diversos artigos extremamente corrosivos contra o Governo de José Sócrates em plena campanha eleitoral de Junho do ano passado e, em artigo inserto no mesmo em 20 de Fevereiro de 2011 de título "Contra os que sempre passaram à frente", escrevia o seguinte:

"...Estamos a viver tempos de insatisfação crescente. As perspectivas sobre a situação económica não são as melhores e há reformas que vão ter de ser feitas para que Portugal possa continuar a manter o mínimo de credibilidade junto dos seus parceiros europeus. O desemprego vai aumentar, os cortes nos salários vieram para ficar e os portugueses vão ter de se habituar a sobreviver com muito menos. Terá de haver uma mudança de vida profunda, e já ninguém terá paciência para ser cúmplice de um regime que premeia os amigos e os conhecidos em detrimento dos que tiveram de fazer o caminho à sua própria custa. Ao contrário do que muitos pensam, esta revolta dos jovens de hoje talvez seja a primeira depois do 25 de Abril que tem pés e cabeça."

Ora, face ao que expôs em tal artigo e que tivemos a oportunidade de assinalar, seria de esperar que a sua posição política e profissional após a vitória do PSD nas Legislativas de Junho de 2011 fosse coerente com o pensamento expresso.
Mas verificamos desde logo que não, quando a Agência Financeira de 6 de Agosto de 2011 às 19:38 noticia o seguinte:

"O Ministério da Economia e do Emprego nomeou dois assessores com estatuto remuneratório equiparado a director-geral, pelo que irão receber um salário mensal bruto de 3.892,53 euros.
É o que consta nos despachos publicados ainda na sexta-feira, em Diário da República. Em causa, estão os cargos de Eduardo Raul Lopes Rodrigues - técnico superior da Direcção-Geral das Actividades Económicas, nomeado «em comissão de serviço e sem suspensão do estatuto de origem, para realizar estudos e trabalhos técnicos no âmbito das respectivas habilitações e qualificações profissionais» - e de Maria de Lurdes Vale, a assessora de imprensa mais bem paga do Governo.
Diz o diploma que estes dois assessores vão auferir a «remuneração correspondente ao estatuto remuneratório do cargo de direcção superior de 1.º grau, incluindo subsídio de alimentação, acrescida dos subsídios de férias e de Natal».

Os argumentos do Ministro
...
Quanto a Maria de Lurdes Vale, assessora de imprensa que o ministro foi buscar ao «Diário de Notícias», a jornalista foi nomeada para «realizar estudos e trabalhos técnicos no âmbito das respectivas habilitações e qualificações profissionais, na área da informação e comunicação social», refere o mesmo diploma.

Nem os assessores do primeiro-ministro ganham tanto como Maria de Lurdes Vale. A própria argumentou ao mesmo jornal que tem a cargo a assessoria de comunicação de um «superministério que, além do ministro, tem seis secretarias de Estado» e lembrou ainda que «tem um curriculum de 23 anos de experiência»."

Curiosamente, nem se tinham passados 4 meses sobre este prémio da Lotaria Clássica e eis que lhe sai o Euromilhões, ou seja, é nomeada administradora do Turismo de Portugal!

E esta, heim? Tal como diria o saudoso Fernando Pessa.

terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

A Revolta das Palavras - post por José António Barreiros em 2011.10.11


"Isto que eu vou dizer vai parecer ridículo a muita gente.

Mas houve um tempo em que as pessoas se lembravam ainda, da época da infância, da primeira caneta de tinta permanente, da primeira bicicleta, da idade adulta, das vezes em que se comia fora, do primeiro frigorífico e do primeiro televisor, do primeiro rádio, de quando tinham ido ao estrangeiro.

Houve um tempo em que, nos lares, se aproveitava para a refeição seguinte o sobejante da refeição anterior, em que, com ovos mexidos e a carne ou peixe restante se fazia "roupa velha". Tempo em que as camisas iam a mudar o colarinho e os punhos do avesso, assim como os casacos, e se tingia a roupa usada, tempos em que se punham meias solas com protectores. Tempos em que ao mudar-se de sala se apagava a luz, tempos em que se guardava o "fatinho de ver a Deus e à sua Joana".

E não era só no Portugal da mesquinhez salazarista. Na Inglaterra dos Lordes, na França dos Luíses, a regra era esta. Em 1945 passava-se fome na Europa, a guerra matara milhões e arrasara tudo quanto a selvajaria humana pode arrasar.

Houve tempos em que se produzia o que se comia e se exportava. Em que o País tinha uma frota de marinha mercante, fábricas, vinhas, searas.

Veio depois o admirável mundo novo do crédito. Os novos pais tinham como filhos, uns pivetes tiranos, exigindo malcriadamente o último modelo de mil e um gadgets e seus consumíveis, porque os filhos dos outros também tinham. Pais que se enforcavam por carrões de brutal cilindrada para os encravaram no lodo do trânsito e mostrarem que tinham aquela extensão motorizada da sua potência genital. Passou a ser tempo de gente em que era questão de pedigree viver no condomínio fechado e sobretudo dizê-lo, em que luxuosas revistas instigavam em couché os feios a serem bonitos, à conta de spas e de marcas, assim se visse a etiqueta, em que a beautiful people era o símbolo de status como a língua nos cães para a sua raça.

Foram anos em que o campo tornou-se num imenso resort de turismo de habitação, as cidades uma festa permanente, entre o coktail party e a rave. Houve quem pensasse até que um dia os serviços seriam o único emprego futuro ou com futuro.

O país que produzia o que comíamos ficou para os labregos dos pais e primos parolos, de quem os citadinos se envergonhavam, salvo quando regressavam à cidade dos fins de semana com a mala do carro atulhada do que não lhes custara a cavar e às vezes nem obrigado.

O país que produzia o que se podia transaccionar esse ficou com o operariado da ferrugem, empacotados como gado em dormitórios e que os víamos chegar, mortos de sono logo à hora de acordarem, as casas verdadeiras bombas relógio de raiva contida, descarregada nos cônjuges, nos filhos, na idiotização que a TV tornou negócio.

Sob o oásis dos edifícios em vidro, miragem de cristal, vivia o mundo subterrâneo de quantos aguentaram isto enquanto puderam, a sub-gente. Os intelectuais burgueses teorizavam, ganzados de alucinação, que o conceito de classes sociais tinha desaparecido. A teoria geral dos sistemas supunha que o real era apenas uma noção, a teoria da informação, substituía os cavalos-força da maquinaria pelos megabytes de RAM da computação universal. Um dia os computadores tudo fariam, o ser humano tornava-se um acidente no barro de um oleiro velho e tresloucado, que caído do Céu, morrera pregado a dois paus, e que julgava chamar-se Deus, confundindo-se com o seu filho e mais uma trinitária pomba.

Às tantas os da cidade começaram a notar que não havia portugueses a servir à mesa, porque estávamos a importar brasileiros, que não havia portugueses nas obras, porque estávamos a importar negros e eslavos.

A chegada das lojas dos trezentos já era alarme de que se estava a viver de pexibeque, mas a folia continuava. A essas sucedeu a vaga das lojas chinesas, porque já só havia para comprar «balato». Mas o festim prosseguia e à sexta-feira as filas de trânsito em Lisboa eram o caos e até ao dia quinze os táxis não tinham mãos a medir.

Fora disto os ricos, os muito ricos, viram chegar os novos-ricos. O ganhão alentejano viu sumir o velho latifundário absentista pelo novo turista absentista com o mesmo monte mais a piscina e seus amigos, intelectuais claro, e sempre pela reforma agrária e vai um uísque de malte, sempre ao lado do povo e já leu o New Yorker?

A agiotagem financeira essa ululava. Viviam do tempo, exploravam o tempo, do tempo que só ao tal Deus pertencia mas, esse, Nietzsche encontrara-o morto em Auschwitz. Veio o crédito ao consumo, a conta-ordenado, veio tudo quanto pudesse ser o ter sem pagar. Porque nenhum banco quer que lhe devolvam o capital mutuado quer é esticar ao máximo o lucro que esse capital rende.

Aguilhoando pela publicidade enganosa os bois que somos nós todos, os bancos instigavam à compra, ao leasing, ao renting ao seja como for desde que tenha e já, ao cartão, ao descoberto autorizado.

Tudo quanto era vedeta deu a cara, sendo actor, as pernas, sendo futebolista, ou o que vocês sabem, sendo o que vocês adivinham, para aconselhar-nos a ir àquele balcão bancário buscar dinheiro, vender-mo-nos ao dinheiro, enforcar-mo-nos na figueira infernal do dinheiro. Satanás ria. O Inferno começava na terra.

Claro que os da política do poder, que vivem no pau de sebo perpétuo do fazer arrear, puxando-os pelos fundilhos, quantos treparam para o poder, querem a canalha contente. E o circo do consumo, a palhaçada do crédito servia-os. Com isso comprávamos os plasmas mamutes onde eles vendiam à noite propaganda governamental, e nos intervalos, imbelicidades e telefofocadas que entre a oligofrenia e a debilidade mental a diferença é nula. E contentes, cretinamente contentinhos, os portugueses tinham como tema de conversa a telenovela da noite, o jogo de futebol do dia e da noite e os comentários políticos dos "analistas" que poupavam os nossos miolos de pensarem, pensando por nós.

Estamos nisto.

Este fim-de-semana a Grécia pode cair. Com ela a Europa."
 
A Revolta das Palavras - post por José António Barreiros em 2011.10.11

segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

NÃO É CUNHADO, É O IRMÃO DO AMANTE DA MINISTRA DA JUSTIÇA porra!

"À ministra da Justiça  (Publicado às 00.36)

Depois de andar a acusar-me de lhe dirigir ataques pessoais, a sra. ministra da Justiça veio agora responder à denúncia que eu fiz de ter usado o cargo para favorecer o seu cunhado, Dr. João Correia. Diz ela que não tem cunhado nenhum e que isso até se pode demonstrar com uma certidão do registo civil. Já antes, com o mesmo fito, membros do seu gabinete haviam dito à imprensa que ela é divorciada.

Podia explicar as coisas recorrendo à explícita linguagem popular ou até à fria terminologia jurídica que têm termos bem rigorosos para caracterizar a situação. Vou faze-lo, porém, com a linguagem própria dos meus princípios e convicções sem deslizar para os terrenos eticamente movediços em que a sra. ministra se refugia.

A base moral da família não está no casamento, seja enquanto sacramento ministrado por um sacerdote, seja enquanto contrato jurídico homologado por um funcionário público. A base moral da família está na força dos sentimentos que unem os seus membros. Está na intensidade dos afectos recíprocos que levam duas pessoas a darem as mãos para procurarem juntas a felicidade; que levam duas pessoas a estabelecerem entre si um pacto de vida comum, ou seja, uma comunhão de propósitos existenciais através da qual, juntos, se realizam como seres humanos. Através dessa comunhão elas buscam em conjunto a felicidade, partilhando os momentos mais marcantes das suas vidas, nomeadamente, as adversidades, as tristezas, as alegrias, os triunfos, os fracassos, os prazeres e, naturalmente, a sexualidade.

O casamento, quando existe, agrega tudo isso numa síntese institucional que, muitas vezes, já nada tem a ver com sentimentos, mas tão só com meras conveniências sociais, morais, económicas ou políticas. Por isso, para mim, cunhados são os irmãos das pessoas que, por força de afectos recíprocos, partilham entre si, de forma duradoura, dimensões relevantes das suas vidas.

É um gesto primário de oportunismo invocar a ausência do casamento para dissimular uma relação afectiva em que se partilham dimensões fundamentais da existência, unicamente porque não se tem coragem para assumir as consequências políticas de opções que permitiram que essa relação pessoal se misturasse com o exercício de funções de estado, chegando, inclusivamente, ao ponto de influenciar decisões de grande relevância política.

Tal como o crime de violência doméstica pode ocorrer entre não casados também não é necessário o casamento para haver nepotismo. Basta utilizarmos os cargos públicos para favorecermos as pessoas com quem temos relações afectivas ou os seus familiares. Aliás, é, justamente, aí que o nepotismo e o compadrio são mais perniciosos, quer porque são mais intensos os afectos que o podem propiciar (diminuindo as resistências morais do autor), quer porque pode ser mais facilmente dissimulado do que no casamento, pois raramente essas relações são conhecidas do público.

Aqui chegados reitero todas as acusações de nepotismo e favorecimento de familiares que fiz à Sra. Ministra da Justiça. Mas acuso-a também de tentar esconder uma relação afectiva, unicamente porque não tem coragem de assumir as consequências políticas de decisões que favoreceram o seu cunhado, ou seja o irmão da pessoa com quem ela estabeleceu essa relação. Acuso publicamente a Sra. Ministra de tentar tapar o sol com a peneira, procurando dissimular uma situação de nepotismo com a invocação de inexistência de casamento, ou seja, refugiando-se nos estereótipos de uma moralidade retrógrada e decadente.

A sra. ministra da Justiça tem o dever republicano de explicar ao país por que é que nomeou o seu cunhado, dr. João Correia, para tarefas no seu ministério, bem como cerca de 15 pessoas mais, todas da confiança exclusiva dele, nomeadamente, amigos, antigos colaboradores e sócios da sua sociedade de advogados. Isso não é uma questão da vida pessoal da Sra. Ministra. É uma questão de estado.

Nota: Desorientada no labirinto das suas contradições, a sra. ministra da Justiça mandou o seu chefe de gabinete atacar-me publicamente, o que ele, obediente, logo fez, mas em termos, no mínimo, institucionalmente incorrectos. É óbvio que não respondo aos subalternos da sra. ministra, por muito que eles se ponham em bicos de pés.


Marinho Pinto
Bastonário da Ordem dos Advogados"

segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

A falta de vergonha deste Governo é espantosa...ultrapassa em muito a do Pinóquio!


Aos funcionários públicos e aos reformados «roubam-se» os Subsídios de Férias e de Natal dos próximos dois anos e, ao mesmo tempo, aos afilhados e afilhadas laranja dão-se-lhes "Abonos Suplementares" do mesmo valor para os substituir, a ver se passa despercebido.

Afinal é tudo uma questão de semântica...


MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO E CIÊNCIA

Gabinetes do Secretário de Estado do Ensino
Superior e da Secretária de Estado da Ciência

Despacho (extrato) n.º 774/2012

Nos termos e ao abrigo do disposto nos n.os.3 e 4 do artigo 2.º e no artigo 6.º do Decreto -Lei n.º 262/88, de 23 de julho:

1. É nomeada Helena Isabel Roque Mendes para, no âmbito dos nossos Gabinetes, exercer funções de apoio à Rede Informática do Governo (RING) e de interface com o Centro de Gestão da Rede Informática do Governo (CEGER).
2. A nomeada auferirá uma remuneração mensal de € 1.575,00 (mil quinhentos e setenta e cinco euros), atualizável na mesma percentagem do índice 100 da escala salarial das carreiras do regime geral da função pública, acrescida do subsídio de refeição que estiver em vigor.
3. Nos meses de junho e novembro, para além da mensalidade referida no número anterior, será paga outra mensalidade de € 1.575,00 (mil quinhentos e setenta e cinco euros), a título de abono suplementar.
4. Os encargos resultantes do presente nomeação serão suportados pelo orçamento do Gabinete do Secretário de Estado do Ensino Superior.
5. O presente despacho produz efeitos a partir de 28 de junho de 2011, e é válido pelo prazo de 1 ano, renovável, até à sua caducidade, conforme o previsto na parte final do artigo 11.º do Decreto -Lei n.º 262/88, de 23 de julho.

11 de janeiro de 2012. — O Secretário de Estado do Ensino Superior, João Filipe Cortez Rodrigues Queiró. — A Secretária de Estado da Ciência, Maria Leonor de Sá Barreiros da Silva Parreira.

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Fonte: Diário da República, 2ª série Nº 14 de 19 de Janeiro 2012, página 1890

Depois, verifica-se que o pessoal anda muito atento e chovem reacções e no próprio DR faz-se um aditamento, a fingir que houve engano. ENGANO ? Mas afinal está o País entregue a uma cambada de INCOMPETENTES que até num assunto «menor» se enganam ? Os portugueses têm uma expressão popular para caracterizar esta situação: ATIRAR BARRO À PAREDE PARA VER SE PEGA !!! Ora vejam lá se é ou não é.

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO E CIÊNCIA

Gabinetes do Secretário de Estado do Ensino
Superior e da Secretária de Estado da Ciência

Despacho n.º 793-B/2012

É aditado ao despacho n.º 774/2012, publicado no Diário da República, 2.ª série, n.º 14, de 19 de janeiro, o n.º 6 com a seguinte redação:
«6 — A aplicação do disposto no n.º 3 do presente despacho encontra-se suspensa durante a vigência do Programa de Assistência Económica e Financeira, nos termos do artigo 25.º da Lei n.º 64 -B/2011, de 30 de dezembro.»

19 de janeiro de 2012. — O Secretário de Estado do Ensino Superior, João Filipe Cortez Rodrigues Queiró. — A Secretária de Estado da Ciência, Maria Leonor de Sá Barreiros da Silva Parreira.

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Fonte: Diário da República, 2ª série Nº 14 de 19 de Janeiro 2012, página 1980-(2)



sexta-feira, 20 de janeiro de 2012

O Derradeiro Grito...de angústia do povo português

Despachos à medida dos amiguinhos e compadres com bónus à mistura...


Publicado no Diário da República nº 217, Série II, de 11 de Novembro de 2011 (A páginas 44785)

Gabinete do Secretário de Estado dos Assuntos Fiscais

Despacho n.º 15296/2011

Nos termos e ao abrigo do artigo 11.º do Decreto -Lei n.º 262/88, de
23 de Julho, nomeio o mestre João Pedro Martins Santos, do Centro de
Estudos Fiscais, para exercer funções de assessoria no meu Gabinete,
em regime de comissão de serviço, através do acordo de cedência de
interesse público, auferindo como remuneração mensal, pelo serviço de
origem, a que lhe é devida em razão da categoria que detém, acrescida
de dois mil euros por mês, diferença essa a suportar pelo orçamento do
meu Gabinete, com direito à percepção dos subsídios de férias e de Natal.
O presente despacho produz efeitos a partir de 1 de Setembro de 2011.

9 de Setembro de 2011. — O Secretário de Estado dos Assuntos Fiscais, Paulo de Faria Lince Núncio.
                                                                                                                                              205324505

E a pergunta que se impõe é a seguinte: Se o Sr foi nomeado em regime de comissão de serviço e já ganhava de acordo com a categoria que detinha, a que título é que, em tempo de crise em que até as reformas dos aposentados são diminuidas bem como os seus subsídios de Natal e Férias, se justifica que o referido Sr aínda veja o seu vencimento acrescido em 2000€/mês ??? É mesmo a gozar com o pessoal, ou não será?

Assim vai a Secretaria de Estado da Cultura...

De autor desconhecido (por motivos óbvios)  –  Recebido por email e com destaques e anotações nossas !

"Assim vai a Secretaria de Estado da Cultura

Para conhecimento de alguns atentados que os funcionários do Estado são vitimas e dos quais passam como culpados, eis 3 casos que se passam na chafarica, perdão, secretaria de estado onde me encontro a prestar serviço e que julgo dever dar a conhecer a todos, já que a comunicação social se ocupa mais em dar cobertura aos diversos violadores. Por profissionalismo não irei contar casos de âmbito funcional de algumas instituições dependentes da secretaria de estado da cultura, os quais levariam à violação do dever de sigilo e que poriam certamente os cabelos em pé de muitos. Mas lá vão 3 casos que apesar de encobertos são públicos:

1º CASO

Na página da internet

http://www.portugal.gov.pt/PT/GC19/GOVERNO/NOMEACOES/SEC/Pages/Nomeacoes_SEC.aspx,

onde consta muita engenharia financeira, charlatanices, poderão consultar uma vasta lista de nomeados para a SEC, a qual está desactualizada em função de mais nomeações que entretanto ocorreram.

Nessa lista constam 4 motoristas, sendo que apesar de terem sido informalmente todos propostos no mesmo dia, 3 deles têm a data oficial de nomeação a 28.06.2011, o outro tem como se pode ver no anúncio que se segue, a data de nomeação é 18.07.2011. Sabem porquê? Porque estava à espera de lhe ser emitida a carta de condução que acabara de tirar.

Entretanto, recebi um mail via pombo correio que informava que o rapaz de 21 anos e de origem brasileira tem uma longa experiência em carrinhos automáticos e que foi proposto por um emissário do Paulo Portas, o qual tinha muito boas referências do rapaz desde que frequentou um ginásio com massagens, ou seja, SPA. Com tantos motoristas do extinto ministério da cultura e de outros organismos públicos na situação de mobilidade, só sendo muito bom é que este lhes tirou a condução.

Cargo: Motorista
Nome: André Wilson da Luz Viola
Idade: 21 Anos
Data de nomeação: 2011-07-18
Vencimento mensal bruto: 1.610,01€ >>>>>>> Nota de O Falcão: nada mau por comparação com os jovens licenciados que se acotovelam por aí nos call center para ganhar 500 €, não é ?


2º CASO

A senhora que se segue é uma especialista em Economia e como tal fez grande parte da sua carreira (como se poderá ver no CV anexo à Resolução que transcrevo), no departamento da Higiene Urbana e Resíduos da CMLisboa. Como profunda conhecedora dos procedimentos da administração pública, há cerca de um ano concorreu para técnica superior do Ministério de Educação. Nessa altura como os alternantes eram outros, a senhora foi legalmente excluída por falta de condição obrigatória (vínculo à administração Central do Estado). Pois é, mas os tempos mudaram e a senhora em Junho deste ano foi nomeada (facto oculto no tal CV) Directora de Recursos Humanos (outra espécie de resíduos sólidos) da IGAC, onde nunca ninguém a viu, pois a nomeação dela foi por 3 dias, tendo sido de imediato requisitada para a SEC, ou seja, qualquer coisa que corra mal regressa como Directora de Serviços, o resto ninguém sabe e são cantigas. Mas nada corre mal às pessoas competentes em matérias do reino do ocultismo e eis que a senhora passados 5 meses, como os 3.163,27€, fora os extras, não lhe chegavam é nomeada Administradora do Teatro D. Maria II. Aqui temos o exemplo da capacidade das pessoas saberem estar no local certo à hora certa, pois a senhora como especialista em Higiene Urbana vai ser de vital importância no combate aos pombos que lá fazem as suas necessidades.

Cargo: Colaboradora/Especialista
Nome: Sandra Maria Albuquerque e Castro Simões
Idade: 39 Anos
Data de nomeação: 2011-07-05
Vencimento mensal bruto: 3.163,27€


Diário da República, 2.ª série — N.º 239 — 15 de Dezembro de 2011
Resolução n.º 21/2011

Nos termos do n.º 2 do artigo 6.º dos Estatutos do Teatro Nacional D. Maria II, E. P. E. (TNDM II, E. P. E.), aprovados em anexo ao Decreto -Lei n.º 158/2007, de 27 de Abril, os membros do conselho de administração são nomeados por resolução do Conselho de Ministros, sob proposta dos membros do Governo responsáveis pelas áreas das finanças e da cultura.

Considerando que terminou, entretanto, o mandato dos membros do conselho de administração do TNDM II, E. P. E., torna -se necessário e urgente proceder à nomeação dos novos membros do órgão de administração a fim de garantir o regular funcionamento deste Teatro Nacional.

Considerando que as empresas públicas da área da cultura, no âmbito do processo em curso de optimização dos recursos públicos, vão ser objecto, a curto prazo, de alterações estatutárias e agrupadas num acordo complementar de empresas, os mandatos dos membros do conselho de administração que ora se nomeiam terminarão, excepcionalmente, com a entrada em vigor da legislação que vai concretizar a reorganização das empresas públicas do Estado da área da cultura.

Assim:

Nos termos do n.º 2 do artigo 6.º dos Estatutos do TNDM II, E. P. E., aprovados em anexo ao Decreto -Lei n.º 158/2007, de 27 de Abril, e da alínea d) do artigo 199.º da Constituição, o Conselho de Ministros resolve:

1 — Nomear, sob proposta do Ministro de Estado e das Finanças e do Secretário de Estado da Cultura, o licenciado Carlos Manuel dos Santos Vargas e os licenciados António Maria Trigoso de Lemos Taborda Pignatelli e Sandra Maria Albuquerque e Castro Simões para os cargos, respectivamente, de presidente e vogais do conselho de administração do TNDM II, E. P. E., cujas notas curriculares constam do anexo à presente resolução e da qual fazem parte integrante.

3º CASO

Por fim temos o caso da tal rapariga que ganha mais que todos os outros nomeados, 4.724,31€, mais que o Chefe de Gabinete do secretário de estado e muito mais que qualquer outro assessor, sendo que até lá há gente que gosta e sabe trabalhar. Há quem diga que a senhora que referi anteriormente (2º Caso) se terá empertigado com a situação desta, pois ganhava 2/3 e até já tinha 3 dias de cargo de Direcção na Administração Pública e esta a única experiência que tinha com a Administração Pública era a de escrever o endereço nas cartas e no mail a enviar pedidos de fiscalização às lojas de fotocópias, no intuito destas serem pressionadas (obrigadas) a pagarem à AGECOP (associação de gestão de direitos de autor) uma exorbitância para (i)legalmente poderem fazer algumas fotocópias. Como Directora dessa grande empresa de Exportação, perdão, associação de exploração de direitos de autor a senhora ganha de ordenado, fora tudo o resto, e é muito mais, os miseráveis 4.724,31€. Digo miseráveis pois como sabem o contributo desta senhora é fundamental para os autores deste país que ganham muitos milhares a mais que ela e que sem o esforço desta humilde senhora nada teriam.

Cargo: Adjunta
Nome: Vera Maria Duarte Mendes Castanheira
Idade: 32 Anos
Vencimento mensal bruto: 4.724,31€
Data de Nomeação: 2011-06-28


Desculpem o desassossego, mas é o contributo que penso poder dar contra o massacre a que estamos a ser submetidos."

Nota: Claro que O Falcão não só desculpa o desassossego do autor como lhe agradece o contributo, para que se vão conhecendo os podres e mesmo OS NOMES de toda esta escumalha que se vai aproveitando do poder em proveito próprio. Cabe a todos nós deixarmos de ser ... sossegados e apontá-los a dedo ! 

quinta-feira, 19 de janeiro de 2012

Já em Agosto da 2011, esta "Boy´ada laranja" ocupava os seus lugares estratégicos do poder ! Veremos mais tarde quem se lhes seguiu...

Recordemos os NOMEADOS COM LIGAÇÕES PARTIDÁRIAS claras ao fim de mês e meio de tomada de posse do Governo actual  (listagem pela ordem em que surgem no site do próprio Governo).

1. Nome: João Montenegro
Cargo: Adjunto do primeiro-ministro
Ligação ao PSD: Foi vice-presidente da Comissão Política Nacional da JSD
Vencimento: 3.287,08 euros

2. Nome: Paulo Pinheiro
Cargo: Adjunto do primeiro-ministro
Ligação ao PSD: Foi adjunto do gabinete de Durão Barroso
Vencimento: 3.653,81 euros

3. Nome: Carlos Sá Carneiro
Cargo: Assessor do primeiro-ministro
Ligação ao PSD: Foi adjunto de Pedro Passos Coelho na São Caetano à Lapa
Vencimento: 3.653,81 euros

4. Nome: Marta Sousa
Cargo: Assessora do primeiro-ministro
Ligação ao PSD: Responsável por deslocações e imagem de Passos Coelho enquanto líder do PSD
Vencimento: 3.653,81 euros

5. Nome: Inês Araújo
Cargo: Secretária do primeiro-ministro
Ligação ao PSD: Foi secretária do Governo PSD chefiado por Pedro Santana Lopes
Vencimento: 1.882,76 euros

6. Nome: Joaquim Monteiro
Cargo: Adjunto do primeiro-ministro
Ligação ao PSD: Foi deputado do PSD entre 1983 e 1985
Vencimento: 3.287,08 euros

7. Nome: Raquel Pereira
Cargo: Adjunta do ministro das Finanças
Ligação ao PSD: Foi adjunta no gabinete do Secretário de Estado do Tesouro e Finanças, Miguel Frasquilho e chefe de gabinete da secretária de Estado Maria do Rosário Águas
Vencimento: 3.069,33 euros

8. Nome: Rodrigo Guimarães
Cargo: Chefe de gabinete do secretário de Estado dos Assuntos Fiscais
Ligação ao PSD: Foi chefe de gabinete de Morais Leitão no Governo Santana
Vencimento: 4.791 euros

9. Nome: Gonçalo Sampaio
Cargo: Adjunto do gabinete do ministro da Defesa
Ligação ao PSD: Ex-candidato a deputado pelo PSD e presidente da secção B do PSD Lisboa
Vencimento: 3.183,63 euros

10. Nome: Cláudio Sarmento da Silva
Cargo: Assessor do gabinete do ministro da Defesa
Ligação ao PSD: Eleito membro da Assembleia da freguesia da Costa da Caparica pelo PSD
Vencimento: 3.356,34 euros

11. Nome: Paulo Cutileiro Correia
Cargo: Adjunto do ministro da Defesa
Ligação ao PSD:Ex-vereador da Câmara Municipal do Porto
Vencimento: 3.183,63 euros

12. Nome: Ana Santos
Cargo: Assessora do gabinete do ministro da Defesa
Ligação ao PSD: Fez parte da equipa, que, no Instituto Francisco Sá Carneiro, elaborou o programa do PSD para as últimas eleições Legislativas; Ex-dirigente da Universidade de Verão
Vencimento: 3.356,34 euros

13. Nome: Nuno Maia
Cargo: Adjunto de imprensa do gabinete do ministro da Defesa
Ligação ao PSD: Foi assessor no grupo parlamentar do PSD quando Aguiar Branco era líder
Vencimento: 3.183,63 euros

14. Nome: Marta Santos
Cargo: Adjunta do Secretário de Estado Adjunto e da Defesa Nacional
Ligação ao PSD:Foi assessora de António Prôa, vereador do PSD na Câmara Municipal de Lisboa
Vencimento: 3.183,63 euros

15. Nome: João Pedro Saldanha Serra
Cargo: Chefe de gabinete do Secretário de Estado Adjunto e da Defesa Nacional
Ligação ao PSD:Ex-líder da bancada do PSD na Assembleia Municipal de Lisboa
Vencimento: 3.892,54 euros

16. Nome: João Miguel Annes
Cargo: Adjunto do gabinete do Secretário de Estado Adjunto e da Defesa Nacional
Ligação ao PSD:Presidente da JSD Algés/Carnaxide. Faz parte do Conselho Nacional do PSD
Vencimento: 3.183,63 euros

17. Nome: Rita Lima
Cargo: Chefe de gabinete do ministro da Administração Interna
Ligação ao PSD: Foi chefe de gabinete de Regina Bastos, secretária de Estado da Saúde no Governo de Santana Lopes
Vencimento: 3.892,53 euros

18. Nome: Jorge Garcez
Cargo: Assessor do Secretário de Estado Adjunto do Ministro da Administração Interna
Ligação ao PSD: Secretário-Geral Adjunto da Comissão Política Nacional da JSD
Vencimento: 3.069,33 euros

19. Nome: António Valle
Cargo: Adjunto do Ministro Adjunto e dos Assuntos Parlamentares
Ligação ao PSD: Assessor de comunicação de Passos Coelho na São Caetano à Lapa
Vencimento: 3.069,33 euros

20. Nome: Ricardo Sousa
Cargo: Adjunto do Sec. de Estado Adjunto do Ministro Adjunto e dos Assuntos Parlamentares
Ligação ao PSD: Delegado ao Congresso do PSD pela JSD
Vencimento: 3.069,33 euros

21. Nome: Nuno Correia
Cargo: Chefe de gabinete do Sec. de Est. Adjunto do Ministro Adjunto dos Assuntos Parlamentares
Ligação ao PSD: Ex-candidato do PSD à Câmara Municipal de Castanheira de Pêra
Vencimento: 4.542.00 euros

22. Nome: Ademar Marques
Cargo: Adjunto do Sec. de Est. Adj. do Ministro Adj. dos Assuntos Parlamentares
Ligação ao PSD: Presidente do PSD/Peniche
Vencimento: 3.069,33 euros

23. Nome: Marina Resende
Cargo: Chefe de gabinete da Secretária de Estado dos Assuntos Parlamentares e da Igualdade
Ligação ao PSD: Ex-assessora do Grupo Parlamentar do PSD (Junho)
Vencimento: 3.892.53 euros

24. Nome: Ricardo Carvalho
Cargo: Adjunto do Secretário de Estado da Administração Local e Reforma
Ligação ao PSD: Secretário da Junta de Freguesia Prazeres, eleito pelas listas do PSD
Vencimento: 3069,33 euros

25. Nome: João Belo
Cargo: Adjunto do secretário de Estado da Administração Local e Reforma
Ligação ao PSD: PSD/Coimbra
Vencimento: 3069,33 euros

26. Nome: André Pardal
Cargo: Especialista do gabinete
Ligação ao PSD: Vice-presidente da JSD; Delegado no último Congresso do PSD (XXXII)
Vencimento: 3069,33 euros

27. Nome: Diogo Guia
Cargo: Chefe de gabinete do Secretário de Estado do Desporto e Juventude
Ligação ao PSD: Membro da Assembleia Municipal Torres Vedras pelo PSD
Vencimento: 3.892.53 euros

28. Nome: Sónia Ferreira
Cargo: Especialista do gabinete do Secretário de Estado do Desporto e Juventude
Ligação ao PSD: Candidata a deputada pelo PSD nas últimas eleições Legislativas
Vencimento: 3.069,33 euros

29. Nome: Manuel Martins
Cargo: Adjunto do Ministro da Economia e do Emprego
Ligação ao PSD: Integrou as listas do PSD à junta de freguesia de Santa Isabel; Delegado ao Congresso do PSD
Vencimento: 3.069,34 euros

30. Nome: Álvaro Reis Santos
Cargo: Chefe de gabinete do sec. de Estado Adjunto da Economia e do Desenvolvimento Regional
Ligação ao PSD: Ex-vereador do PSD na Câmara Municipal de Ovar
Vencimento: 3.892,53 euros

31. Nome: Quirino Mealha
Cargo: Adjunto do secretário de Estado Adjunto da Economia e do Desenvolvimento Regional
Ligação ao PSD: Colaborou com o Instituto Sá Carneiro
Vencimento: 3.463,49 euros

32. Nome: Jaime Bernardino Alves
Cargo: Adjunto do secretário de Estado Adjunto da Economia e do Desenvolvimento Regional
Ligação ao PSD: Ex-presidente da Comissão Política do PSD/Resende
Vencimento: 3.069,34 euros

33. Nome: Rui Trindade
Cargo: Especialista do gabinete do sec.de Estado Adj.da Economia e do Desenvolvimento Regional
Ligação ao PSD: Deputado na Assembleia de freguesia de Mafamude pelo PSD
Vencimento: 3.069,34 euros

34. Nome: Isabel Nico
Cargo: Adjunta do Secretário de Estado do Emprego
Ligação ao PSD: Foi adjunta do sec. de Estado das Obras Públicas, Jorge Costa, num Governo PSD
Vencimento: 3.069,34 euros

35. Nome: Amélia Santos
Cargo: Chefe de gabinete do Secretário de Estado do Emprego
Ligação ao PSD: Foi chefe do Gabinete do Secretário de Estado das Obras Públicas, José Castro, no Governo de Durão Barroso
Vencimento: 3.892,53 euros

36. Nome: Carla Mendes Sequeira
Cargo: Especialista no gab. do sec. de Estado do Empreendedorismo,Competitividade e Inovação
Ligação ao PSD: Em 2006 era membro do Conselho Nacional do PSD
Vencimento: 4.297,75 euros

37. Nome: Margarida Benevides
Cargo: Especialista no gabinete do sec. de Estado das Obras Públicas, Transportes e Comunicações
Ligação ao PSD: Foi delegada ao XIX Congresso Nacional da JSD em 2007
Vencimento: 3.069,34 euros

38. Nome: Carlos Nunes Lopes
Cargo: Chefe do gabinete do Sec. de Estado das Obras Públicas, Transportes e Comunicações
Ligação ao PSD: Presidente do PSD/Mangualde
Vencimento: 3.892,53 euros

39. Nome: Marcelo Rebanda
Cargo: Chefe do gabinete do Sec. de Estado das Obras Públicas, Transportes e Comunicações
Ligação ao PSD: Foi adjunto da secretária de Estado do Turismo
Vencimento: 3.069,34 euros

40. Nome: Eduardo Diniz
Cargo: Chefe do gabinete do Secretário de Estado da Agricultura
Ligação ao PSD: Foi assessor do gabinete do Secretário de Estado do Desenvolvimento Rural, Fernando Bianchi de Aguiar num anterior Governo PSD
Vencimento: 3.892,53 euros

41. Nome: Joana Novo
Cargo: Chefe do gabinete do Secretário de Estado da Agricultura
Ligação ao PSD: Candidata a deputada municipal de Viana do Castelo nas autárquicas de 2009 na coligação PSD-CDS
Vencimento: 3.069,33 euros

42. Nome: Ana Berenguer
Cargo: Adjunta do Secretário de Estado do Mar
Ligação ao PSD: Foi adjunta do secretário de Estado Adjunto e das Pescas, Luís Filipe Gomes, no Governo de Durão Barroso
Vencimento: 3.069,33 euros

43. Nome: Paulo Assunção
Cargo: Especialista do gabinete do Secretário de Estado do Mar
Ligação ao PSD: Foi adjunto do secretário de Estado Adjunto do Ministro da Presidência, Feliciano José Barreiras, no Governo de Santana Lopes
Vencimento: 2.167,56 euros

44. Nome: Tiago Cartaxo
Cargo: Especialista no gabinete do Sec. de Estado do Ambiente e Ordenamento do Território
Ligação ao PSD: Conselheiro Nacional da JSD; candidato derrotado à liderança da JSD
Vencimento: 3.069,33 euros

45. Nome: Joana Correia da Silva Cargo: Especialista no gabinete do Sec. de Estado do Ambiente e Ordenamento do Território
Ligação ao PSD: Presidente do Gabinete de Estudos do PSD/Cascais
Vencimento: 3.069,33 euros

46. Nome: Nuno Botelho
Cargo: Apoio técnico ao gabinete do Sec. de Estado do Ambiente e Ordenamento do Território
Ligação ao PSD: Vereador do PSD na Câmara Municipal de Loures
Vencimento: 1930 euros

47. Nome: Paulo Nunes Coelho
Cargo: Chefe de gabinete do secretário de Estado do Ambiente e Ordenamento do Território
Ligação ao PSD: Foi chefe de gabinete do secretário de Estado da Administração Local de Miguel Relvas, no Governo Durão
Vencimento: 3.892,53 euros

48. Nome: António Lopes
Cargo: Adjunto do gabinete do Secretário de Estado do Ambiente e Ordenamento do Território
Ligação ao PSD: Foi candidato à Câmara Municipal da Azambuja pelo PSD
Vencimento: 3.069,33 euros

49. Nome: Ricardo Morgado
Cargo: Especialista/Assessor do Secretário de Estado do Ensino Superior
Ligação ao PSD: JSD
Vencimento: 2505,47 euros

50. Nome: Francisco José Martins
Cargo: Chefe de gabinete do secretário de Estado da Presidência do Conselho de Ministros
Ligação ao PSD: Ex-Chefe de Gabinete do Grupo Parlamentar do PSD
Vencimento: 3.892,53 euros

51. Nome: Francisco Azevedo e Silva
Cargo: Adjunto do secretário de Estado da Presidência do Conselho de Ministros
Ligação ao PSD: Ex-Chefe de Gabinete de Manuela Ferreira Leite
Vencimento: 3.069,33 euros

52. Nome: José Martins
Cargo: Adjunto do secretário de Estado da Presidência do Conselho de Ministros
Ligação ao PSD: Adjunto do Secretário de Estado da PCM, Domingos Jerónimo no Governo de Santana Lopes
Vencimento: 3.069,33 euros

53. Nome: Ana Cardo
Cargo: Especialista jurídica no gabinete do secretário de Estado da Cultura
Ligação ao PSD: Adjunta do gabinete de Teresa Caeiro (CDS), no Governo Santana Lopes
Vencimento: 3.069,33 euros

54. Nome: Luís Newton Parreira
Cargo: Especialista no gabinete do secretário de Estado da Cultura
Ligação ao PSD: Presidente da secção D do PSD Lisboa
Vencimento: 3.163,27 euros

55. Nome: João Villalobos
Cargo: Assessor no gabinete do secretário de Estado da Cultura
Ligação ao PSD: Prestação de serviços de assessoria em Comunicação Social e New Media, junto Gabinete dos Vereadores PPD/PSD na Câmara Municipal de Lisboa
Vencimento: 3.163,27 euros

56. Nome: Inês Rodrigues
Cargo: Adjunta da secretária de Estado do Ensino Básico e Secundário
Ligação ao PSD: Adjunta do gabinete da secretária de Estado da Educação, Mariana Cascais, no Governo de Durão Barroso
Vencimento: 3.069,33 euros

57. Nome: Marta Neves
Cargo: Chefe de gabinete do ministro da Economia
Ligação ao PSD: Adjunta do ministro as Actividades Económicas e do Trabalho, Álvaro Barreto, no Governo de Santana Lopes
Vencimento: 5.621,30 euros

58. Nome: Fernando Faria de Oliveira
Cargo: Chairman da CGD (Sector Empresarial do Estado
Ligação ao PSD: Ex-secretário de Estado do PSD
Vencimento: ? euros

59. Nome: António Nogueira Leite
Cargo: Vice-presidente da CGD (Sector Empresarial do Estado
Ligação ao PSD: Conselheiro económico do presidente do PSD, Pedro Passos Coelho
Vencimento: ? euros

60. Nome: Norberto Rosa
Cargo: Vice-presidente da CGD (Sector Empresarial do Estado
Ligação ao PSD: Ex-secretário de Estado em Governos PSD (Cavaco Silva e Durão Barroso)
Vencimento: ? euros

61. Nome: Nuno Fernandes Thomaz
Cargo: Vogal da Comissão Executiva da CGD (Sector Empresarial do Estado)
Ligação ao PSD: Ex-secretário de Estado de Santana Lopes
Vencimento: ? euros

62. Nome: Manuel Lopes Porto
Cargo: Presidente da Mesa da Assembleia-geral da CGD (Sector Empresarial do Estado)
Ligação ao PSD: Presidente da Assembleia Municipal de Coimbra, eleito nas listas do PSD
Vencimento: ? euros

63. Nome: Rui Machete
Cargo: vice-pesidente da Mesa da Assembleia-geral da CGD (Sector Empresarial do Estado)
Ligação ao PSD: Ex-presidente do PSD
Vencimento: ? euros

64. Nome: Joana Machado
Cargo: Assessora do secretário de Estado da Administração Interna
Ligação ao CDS: Integrou as listas do CDS-PP para a Assembleia Municipal de Lisboa nas autárquicas de 2001
Vencimento: 2.364,50 euros

65. Nome: André Barbosa
Cargo: Assessor do secretário de Estado da Administração Interna
Ligação ao CDS: Ex-assessor do Grupo Parlamentar do CDS-PP
Vencimento: 2.364,50 euros

66. Nome: Tiago Leite
Cargo: Chefe de gabinete do secretário de Estado da Administração Interna
Ligação ao CDS: Candidato do CDS a Presidente da Câmara de Santarém nas autárquicas de 2009 e nº3 na lista de deputados à Assembleia da República nas últimas eleições Legislativas
Vencimento: 3.892,53 euros

67. Nome: José Amaral
Cargo: Chefe de gabinete dSecretária de Estado do Turismo
Ligação ao CDS: Candidato nas Europeias como suplente, nas listas do CDS
Vencimento: 3.892,53 euros

68. Nome: Antero Silva
Cargo: Adjunto da ministra da Agricultura
Ligação ao CDS: Líder do grupo municipal do CDS/PP na assembleia municipal de Vila Nova de Famalicão e membro da JP
Vencimento: 3.069,33 euros

69. Nome: Carolina Seco
Cargo: Adjunta Secretário de Estado das Florestas e Desenvolvimento Rural
Ligação ao CDS: Era a nº3 da lista à Assembleia da República pelo CDS no distrito de Viana do Castelo
Vencimento: 3.069,33 euros

70. Nome: Tiago Pessoa
Cargo: Chefe do gabinete ministro da Solidariedade e Segurança Social
Ligação ao CDS: Presidente do Conselho Nacional de Fiscalização do CDS
Vencimento: Vencimento de origem (HS-Consultores de Gestão, SA)

71. Nome: João Condeixa
Cargo: Adjunta do gabinete ministro da Solidariedade e Segurança Social
Ligação ao CDS: Candidato pelo CDS em Lisboa nas últimas Legislativas
Vencimento: 3069,33 euros

72. Nome: Diogo Henriques
Cargo: Adjunta do gabinete ministro da Solidariedade e Segurança Social
Ligação ao CDS: Chefe de gabinete da presidência do CDS-PP
Vencimento: 3069,33 euros

73. Nome: Arlindo Henrique Lobo Borges
Cargo: Assessor do Secretário de Estado do Ensino e Administração Escolar
Ligação ao CDS: Deputado municipal pelo CDS em Braga
Vencimento: 3069,33 euros



Esta listagem vai ser actualizada futuramente...o que irá trazer mais umas novidadesinteressantes!