quarta-feira, 4 de junho de 2008

Entrada de cidadãos europeus nos EUA

Numa atitude de total prepotência, justificada por razões de segurança, o Departamento de Segurança Interna dos Estados Unidos da América decidiu aplicar aos viajantes de 30 países abrangidos por isenção de visto a obrigatoriedade de ter de pedir autorização prévia para entrada nos EUA para estadias curtas em território americano.

Assim, a partir de Janeiro, estes viajantes terão de solicitar uma autorização prévia via Internet para entrar no país.
Claro que, tendo como comparação as exigências que normalmente constam de um simples pedido de visto como turista, é de acreditar que os americanos decidiram utilizar uma maneira «pseudo-soft» de voltarem a impôr o visto sem dizerem preto no branco que o fazem. Isto porque o pedido através da internet será certamente tão exaustivo como o de um visto e as autoridades americanas só responderão curtamente - sim, não ou vá pedir um visto !
A invocação de razões de segurança tem sido usada internamente para reduzir dràsticamente os direitos e liberdades dos próprios cidadãos americanos, os quais se dividem entre a forte contestação à limitação dos seus direitos e aqueles que, em nome de uma "segurança" impossível de garantir a 100%, estão dispostos a prescindir de parte importante dos seus direitos. Há já alguns anos que, internamente, o «McArthismo» está de volta !
No que se refere aos países afectados, e nomeadamente a toda a Comunidade Europeia, seria de esperar uma atitude de "reciprocidade" relativamente aos EUA, sob pena de a Europa alargada a 27 países continuar a aparecer perante a Comunidade Internacional como uma "Simples e Fraca Associação de Cómércio Livre".
Em época de falta de tomates por estes lados, será de recordar que o Brasil respondeu aos EUA exactamente da mesma maneira como era tratado - os brasileiros começaram a ser fotografados à sua entrada nos EUA e de imediato as alfândegas brasileiras começaram a fazer o mesmo a todos os americanos que se deslocavam ao Brasil e a impôr-lhes tempos de espera em filas que nunca mais acabavam.
Os protestos dos americanos, habituados a portarem-se como «donos do mundo», não se fizeram esperar e de imediato, os mais exaltados e malcriados começaram a passar umas horas ou uma noite em regime de prisão nos aeroportos e eram «recambiados para os seus lugares de origem no dia seguinte !

2 comentários:

osátiro disse...

Creio que a Administração Bush tem razão.
Não nos podemos esquecer que há milhões de europeus de ascendência islâmica.
E mesmo que "integrados" na sociedade, pode um dia a jihad subir-lhe à mona e começarem a rebentar por todo o lado.
O último(que se saiba) atentado desta malta, em Londres, seria feito por médicos bem comportados.
à Administração Bush não vai em cantigas de embalar ...

Anónimo disse...

O problema é que hoje em dia só conseguiremos ir "aguentando" a questão do terrorismo com medidas preventivas, mas não deste tipo que me parecem infantis.
É preciso não esquecer que nos EUA, única super-potência actual e «policia mundial» TUDO FALHOU no 11 de Setembro, desde os serviços consulares à pr´pria Força Aérea, passando pelo controle aeroportuário.
Quem estivesse habituado a viajar para os EUA antes de 11 de Setembro nunca iria acreditar que, por detrás de tanta aparente fiscalização estivesse uma inépcia total.
Nos EUA existem dezenas, senão centenas, de grupos paramilitares americanos de gema, fortemente armados à custa da 5ª emenda constitucional e que não se ensaiam nada em desenvolver operações de terrorismo.
É de recordar o Atentado de Oklahoma City, que foi um ataque terrorista perpetrado pelo americano Timothy McVeigh, em 19 de abril de 1995 em Oklahoma City, que teve como alvo o Edifício Federal Alfred P. Murrah. O resultado foi de 168 mortos e mais de 500 feridos.
Em face disto, e já que não é plausível que um terrorista a sério possa ser detectado só por um inquérito na net, continua a parecer-me que o objectivo é reintroduzir os «vistos» de uma maneira mais soft.