quarta-feira, 11 de junho de 2008

A Europa que temos



Para os portugueses, neste momento, existem três preocupações nacionais e uma a nível europeu, a saber:
Nacionais - o Euro 2008, a falta de gasolina para ir para casa ver o jogo e como é que eu volto do Algarve sem gasolina (O da crise não resolvida no PSD já era!) ?
Internacionais: irá a Irlanda chumbar o tratado de «Lisboa» (que tem outro nome e que só interessa aos que estão a torcer pelo "não") ?
Os problemas graves, como tomar medidas coordenadas a nível europeu para alterar a situação que se criou com o "flop" da economia americana que já atingiu 5,5% de desemprego e cuja dívida pública está totalmente nas mãos da China e afins, a crise do aumento do preço e escassez dos alimentos, nomeadamente dos cereais, canalizados para a produção massiça de etanol, parece só incomodarem as pessoas nos seus pseudo-direitos egoistas.
Isso vê-se fàcilmente nas seguintes atitudes: os empresários de transporte continuam a pensar simplesmente a nível corporativo e tentam arranjar uma solução que os sirva, sempre numa óptica de subsidio-dependência. Para isso, e porque a fricção social está a chegar ao extremo, contam com a acção dos seus empregados, os «camionistas». Com o combustível a esgotar-se nas bombas, a «malta» que não está em casa ou que não foi para o Algarve ou para a Santa Terrinha, junta-se em confraternização durante horas em fila nas bombas de gasolina... a ouvir o relato do jogo.
O Estado de Direito, que já provámos não existir em Portugal com tropelias diversas dos Serviços Públicos tais como as "penhoras ilegais" apoiadas pelo Director Geral das Contribuições e Impostos, o PR do "dia da raça", a AR dos "230 párias" que a povoam à nossa custa, o Governo da "autocracia da maioria absoluta" e a pseudo-oposição também estão a ver o jogo Portugal-República Checa. Felizmente que o resultado foi a favor dos «Viriatos» porque, assim, as coisas serão bem mais fáceis - O PIB sobe, o desemprego e a inflacção descem, as conversas de café amanhã serão sobre o jogo e não sobre a crise e o resto logo se há-de arranjar de modo a que o Sr. Carvalho Pinto de Sousa, vulgo José Sócrates, vulgo Primeiro Ministro continue a aparecer perante a opinião pública como um Homem firme (?) ao leme desta carcaça!
Entretanto a Europa começa a ser um bom local para os americanos virem fazer filmes-catástrofe sem necessitarem de estúdios. Basta passearem-se por aí e não precisam nem de visto nem de avisar que vêm com 72 horas de antecedência!

1 comentário:

Anónimo disse...

bons posts por aqui! Concordo!