quinta-feira, 1 de maio de 2008

Contradições entre Constâncio, Sócrates e a UE



"Andre Kosters / Lusa
Vítor Constâncio admitiu que a previsão do Banco de Portugal será muito próxima dos valores anunciados pela União Europeia
01 Maio 2008 - 00h30
Finanças: Governador fala em 1,7% no fim de 2008

Vítor Constâncio contraria Governo
O governador do Banco de Portugal (BdP) afirmou ontem que o crescimento da economia portuguesa "não será muito distante de 1,7%", o que corresponde à previsão apresentado há dias pelo relatório da Comissão Europeia e que José Sócrates desvalorizou.
Na audição que decorreu ontem na Comissão de Orçamento e Finanças, na Assembleia da República, Vítor Constâncio sustentou que, para este ano, a previsão do BdP "não será muito distante dos 1,7% que a Comissão Europeia acabou de publicar". O governador não quis avançar já com uma previsão concreta, por considerar que "o processo está em curso", mas adiantou que será uma revisão em baixa entre os 1,3%, valor apontado pelo Fundo Monetário Internacional (FMI), e os 2 % previstos pelo BdP no boletim divulgado em Janeiro.
O governador comentou ainda que, apesar da consolidação orçamental, " não há margem para medidas orçamentais expansionistas", pelo que ainda não há possibilidade de desapertar o cinto. Portugal tem ainda de fazer um "esforço adicional significativo", para melhorar as suas contas públicas, referiu Constâncio, recordando que o País se comprometeu a chegar a 2010 com um défice de 0,5%. O responsável do BdP elogiou a consolidação orçamental de Portugal, considerando que tal "não tem paralelo", mas salienta que "a tarefa ainda não terminou" e que mais medidas terão de ser tomadas...
SAIBA MAIS
- 2,2 por cento é a previsão de crescimento do Governo para 2008 e 2,8% para 2009. Quando Bruxelas apontou um crescimento de 1,7 %, o primeiro-ministro recusou--se a rever esta previsão.
- 2,4 É o valor do défice estrutural. A Comissão Europeia alerta para que este valor possa aumentar para 2,6 por cento do PIB devido à descida do IVA para 20%. "
Pedro H. Gonçalves - Correio da Manhã - 01 de Maio de 2008
Por mais que queira «dourar» a pílula, nem José Sócrates nem o seu Ministro das Finanças conseguem esconder a verdadeira situação das nossas Finanças e que não se deve exclusivamente à conjuntura internacional!

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