segunda-feira, 1 de setembro de 2008

Depois de um mês de "Olimpiadas de sofá", começou o "Ópium do povo" !!!



A gestão política da central de propaganda do governo, com vista às próximas eleições de 2009, tem sido extremamente facilitada pela distribuição ao longo do tempo das várias «actividades lúdicas» que costumam distrair os portugueses.
Num País em que se tem verificado sistemàticamente um nível de abstenção à volta dos 39%, quer em eleições legislativas quer autárquicas, o qual só tenderá a aumentar dada a falta de consciência política dos portugueses e a sua natural tendência para assumirem a posição mais cómoda, ou seja, não ir votar, não se apresentam promissoras as soluções políticas que permitam que possamos ultrapassar o «estado de estagnação e putrefacção total em que nos encontramos».
Em boa verdade, com a falta de qualidade que os nossos políticos têm em geral, com o nível de corrupção a que o País chegou, com os pilares da sociedade totalmente de rastos, tais como a educação, a formação profissional, a ética, a honestidade intelectual, profissional e pessoal, etc., o que talvez pudesse constituir uma terapia de choque para toda a classe política e da qual todos teriam de tirar as respectivas ilacções seria NINGUÉM, mas NINGUÉM MESMO, VOTAR...utopia totalmente inviável!
Assim sendo, à grande maioria dos portugueses de vistas curtas, só lhes resta voltarem a consumir os vários tipos de ópium que os "espertos oportunistas" lhes servem a tempo e horas.
À medida que temos vindo a empobrecer materialmente e de espírito, cada vez mais temos retrocedido e, tal como uns consomem cocaina ou marijuana, a grande maioria consome as equivalentes telenovelas das TV´s, os concursos idiotas e alienantes até às tantas da noite, todos os pontapés que se possam dar numa bola, já não só em Portugal mas em campeonatos que nunca nos disseram nada ao longo do tempo, como o Inglês e o Italiano, sem qualquer menosprezo pela sua qualidade, a missa, etc...
Nesta nova sociedade, ler um jornal equivale a ler a "Bola", ler um livro é uma actividade perfeitamente inútil porque dá dores de cabeça, ver um filme não equivale a uma deslocação a um cinema mas sim a comprar um DVD e vê-lo na sala em grupo e animada conversa acompanhada de uns copos e uns aperitivos ou umas pipocas, ouvir música não equivale a um concerto na Gulbenkian ou no CCB ou a uma audição. Um concerto é um espectáculo, algumas vezes musical em função do estado de embriaguês em que se encontrem os presentes e, muitas das vezes, os próprios músicos...
E o governo de Portugal entende que elevar o nível cultural do seu povo não é investir na cultura, prestigiar e incentivar os bons professores, mas sim "promover artificialmente" toda a gente sem formação ao 9º e ao 12º ano através de métodos que só têm por objectivo a obtenção de resultados estatísticos favoráveis. Que se lixe a iliteracia, que não é medida ou é escamoteada, e o índice de desenvolvimento humano, ao qual também ninguèm do 3º mundo liga !

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