quinta-feira, 4 de setembro de 2008

Amanhã realiza-se em Angola um simulacro de eleições ditas livres...

Amanhã, dia 5 de Setembro de 2008 e após 33 anos sobre a independência de Angola, realizam-se as segundas eleições legislativas da sua história como «País livre». As de 1992 acabaram por dar origem a uma longa e renhida guerra fraticida entre os apoiantes dos dois maiores partidos - MPLA e UNITA.
Desde então, e já lá vão cerca de 16 anos, o País tem sido governado por um sistema teòricamente semi-presidencialista e em que o Presidente da República, simultâneamente Presidente do MPLA, nomeia um governo da sua confiança. A morte do antigo lider da UNITA em combate (?), Jonas Savimbi, fez com que durante estas três décadas o poder tenha estado nas mão do MPLA, mais especificamente do seu Presidente José Eduardo dos Santos, após a morte de Agostinho Neto.
Com a perda do seu lider, a UNITA fracturou-se perdendo alguns dos seus deputados para o MPLA mas veio a recuperar mais tarde a sua expressão de segundo maior partido do espectro politico de Angola.

As eleições, prometidas há muito por José Eduardo dos Santos, têm vindo a ser proteladas por várias vezes, acabando finalmente por ser marcadas para amanhã.
Irão realizar-se num ambiente de clara e profunda crise social e corrupção a todos os níveis da sociedade angolana, quer politica quer privada, as quais foram reconhecidas pelo Procurador Geral da República e pelo próprio Presidente José Eduardo dos Santos.

Curioso é o facto de o Presidente e familiares se encontrarem entre aqueles que são apontados como tendo delapidado a riqueza pública em proveito próprio.
A longa guerra entre os apoiantes das duas facções acabou por fazer afluir à capital, Luanda, um número elevadíssimo de fugitivos numa busca desesperada de meios de subsistência que o ambiente de guerra lhes negava e que acabaram por aí se sedentarizar, constituindo hoje uma enorme mole humana de baixíssima condição social em oposição a uma nova elite abastada à custa de meios cuja origem se desconhece e que são imcompatíveis com os seus rendimentos de trabalho por conta de outrém.
A natureza autocrática do regime actual, que não convive bem com a democracia e a liberdade de expressão, fez com que não fossem autorizadas as presenças em Angola de jornalistas de alguns meios de comunicação «não-gratos» a Luanda.
A verdade,
por ser muitas vezes inconveniente, dói tanto aos portugueses como aos angolanos anónimos, pelo que seguidamente se transcreve um interessante «post» dos blogs "Universal" e "Alto Hama"

"Quarta-feira, 3 de Setembro de 2008
A quadrilha da libertação nacional dos biliões de dólares





Isto do Mpla roubar não é novidade para ninguém. Eles afirmam-se inconfessos, que é um acto revolucionário, um acto da luta de libertação pela independência do povo angolano. E como tal tem que continuar a roubar para o bem do povo angolano.

Também o Mpla acaba de roubar, canibalizar os cartazes de propaganda da Unita.

O Paixão Júnior, do BPC, Banco de Poupança e Crédito (?) é famoso pelos movimentos bancários ilegais. É também um banco do grupo Mpla. Mas, é tudo deles, da quadrilha internacional.

Não sabem, nem sonham do que estes rapazes são capazes de fazer. Estes bad boys são terríveis. Já há muito que ultrapassaram o nazismo e os filmes mais afanados, galardoados, dos Óscares académicos.

Atenção! Não esqueçam que são muito íntimos do metralhador comunismo chinês.

Então o fausto que o Mpla utiliza na campanha eleitoral veio donde?
Os 42 milhões de dólares são certeiramente para pagamento dos 58 jornalistas brasileiros. É isto o crescimento económico, o efeito multiplicador da fome.

A vida deles é roubarem, pudera! Não sabem fazer mais nada.
É isto, a cavalgadura inglória dos movimentos de libertação. Puros dementes…
Não há nada, nada a fazer. Seja o que for que façam, é sempre roubar, vigarizar.

É a última cruzada da Lac, Tpa, Jornal de Angola, Rádio Nacional de Angola, Angop, Rádio Luanda, e Rádio Escola.
Porque tudo o que falam… É MENTIRA!

In Gil Gonçalves - Universal


Banco de Desenvolvimento de Angola financia campanha eleitoral do MPLA

Numa carta datada de 27/Maio/2008 e dirigida ao Vice-Presidente do Mpla, o Banco de Desenvolvimento de Angola – BDA, confirma o depósito na conta do Mpla junto do BPC da quantia de $42 955 700.00 (Quarenta e dois milhões novecentos e cinquenta e cinco mil e setecentos dólares americanos).

Segundo esta carta o montante foi disponibilizado por incumbência do senhor Presidente do Conselho de Administração do BDA, Paixão Franco, e destina-se a “apoiar a Campanha Eleitoral do Partido”.

O Banco de Desenvolvimento de Angola é uma instituição de capitais exclusivamente públicos.

A Lei Eleitoral proíbe o financiamento de campanhas eleitorais por sociedades de capitais, exclusiva ou maioritariamente públicos (Nº 2 - Artigo 94º da Lei 6/05, de 10 Agosto).

Nos termos da Lei Eleitoral, o Estado determina uma verba de apoio à campanha eleitoral dos partidos concorrentes, que é distribuída de forma equitativa a todos. Cada concorrente recebeu a quantia aproximada de $1 200 000.00, que foi disponibilizada apenas 5 dias após o início da campanha, isto é dia 09 de Agosto. No entanto, em contravenção à Lei, o Partido Estado apropriou-se da quantia de cerca de $43 000 000.00, em 27 de Maio, ou seja mais de 3 meses antes das eleições.

Este montante não representa, naturalmente, a totalidade dos fundos públicos de que o Partido/Estado se apropriou em contravenção à Lei, para financiar uma campanha desigual, desleal e ilegal.

Esta carta do Banco de Desenvolvimento de Angola vem confirmar as repetidas denúncias da UNITA, de outros partidos angolanos e de organizações não governamentais nacionais e internacionais, sobre a corrupção do actual regime. Confirma também a intenção permanente do actual regime de continuar a utilizar as instituições públicas para subverter o processo democrático.

In Orlando de Castro - Alto Hama"

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