sábado, 26 de abril de 2008

25 de Abril de 2008 - O vazio que sobrou dos 34 anos perdidos das nossas vidas

"Tradições são tradições. E a de contar cravos, ou melhor, ver quem vem com o cravo vermelho na lapela na sessão do 25 de Abril, cumpriu-se mais uma vez por parte de jornalistas, deputados e até de visitantes mais ou menos ilustres. Vamos então ao balanço do cravo na lapela, versão 2008. Cavaco Silva foi pela terceira vez à sessão enquanto Presidente sem cravo. Aínda assim, não evitou que, logo que entrou na sala, se ouvisse um burburinho sobre a ausência da flor da revolução na lapela presidencial. Ao seu lado, Jaime Gama tinha cravo e a bancada do Governo e do PS fazia o pleno. À esquerda dos socialistas, PCP, BE e Verdes também não dispensaram mais uma vez o adorno. No CDS, cravos nem vê-los. No PSD a maioria não ostentava a flor. As excepções (salvo alguma falha) foram para Mota Amaral, José Eduardo Martins, Emídio Guerreiro, Carloto Marques e Zita Seabra, que foi a sensação do dia. Apresentou-se de início com um cravo postiço, daqueles tipo jóia de pechisbeque, que mais tarde trocou por um verdadeiro."
Jornal Público de 2008/04/26

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