quarta-feira, 29 de junho de 2011

Alguém consegue ver semelhanças com o futuro aumento do IVA ?


O
Estado
das
Finanças
do
Reino
e o
Aumento
de
Impostos

Diálogo entre  Jean-Baptiste Colbert e o Cardeal Mazarino


Jean-Baptiste Colbert (Reims, 29 de Agosto de 1619 - Paris, 6 de Setembro de 1683) foi um político francês que ficou conhecido como ministro de Estado e da economia do rei Luis XIV.
Jules Mazarin, nascido Giulio Raimondo Mazzarino e conhecido como Cardeal Mazarino, (Pescina, 14 de Julho de 1602 - 9 de Março de 1661) foi um completo estadista italiano radicado em França que serviu como primeiro-ministro de França de 1642 até à sua morte. Mazarino sucedeu ao seu mentor, o Cardeal Richelieu.

Colbert: Para encontrar dinheiro, há um momento em que enganar (o contribuinte) já não é possível. Eu gostaria, Senhor Superintendente, que me explicasse como é que é possível continuar a gastar quando já se está endividado até ao pescoço...

Mazarino: Se se é um simples mortal, claro está, quando se está coberto de dívidas, vai-se parar à prisão. Mas o Estado... o Estado, esse, é diferente!!! Não se pode mandar o Estado para a prisão. Então, ele continua a endividar-se... Todos os Estados o fazem!

Colbert: Ah sim? O Senhor acha isso mesmo ? Contudo, precisamos de dinheiro. E como é que havemos de o obter, se já criámos todos os impostos imagináveis?

Mazarino: Criam-se outros!

Colbert: Mas já não podemos lançar mais impostos sobre os pobres.

Mazarino: Sim, é impossível.

Colbert: E, então, os ricos?

Mazarino: Os ricos também não. Eles não gastariam mais. Um rico que gasta faz viver centenas de pobres.

Colbert: Então como havemos de fazer?

Mazarino: Colbert! Tu pensas como um queijo, como um penico de um doente! Há uma quantidade enorme de gente situada entre os ricos e os pobres: são os que trabalham sonhando em vir a enriquecer e temendo ficarem pobres. É a esses que devemos lançar mais impostos, cada vez mais, sempre mais!... Esses, quanto mais lhes tirarmos mais eles trabalharão para compensarem o que lhes tiramos. É um reservatório inesgotável.

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