domingo, 9 de outubro de 2011

Olha, afinal apareceu o ministro da economia...mas parece que estava a dormir e que acordou a meio de algum sonho sobre uma qualquer viagem que terá feito a um País civilizado e desenvolvido...

Álvaro Santos Pereira sublinhou a necessidade de "reforçar o empreendedorismo nacional", adiantando que o Governo "está a ultimar um programa voltado para a promoção do empreendedorismo e inovação nacional". 2011-10-08 22:29

Source: Jornal de Negocios

Published: 2011-10-08 22:29:00 GMT..

 
Este ministro dá-me vontade de rir.
 
Em primeiro lugar andou a fazer circular, em email´s vindos alegadamente do seu Canadá e durante quase um ano, listas dos organismos que podiam ser extintos em Portugal e de todas as economias que se poderiam fazer por cá.
 
Portugal que já não conhecia há muito e sobre cujas teias de interesses politicos, tecidos por todos mas especialmente pelo chamado "Bloco Central de Interesses" - (PS/PSD/CDS-PP), lhe eram certamente alheias. Talvez um desses email´s tenha ido parar à caixa de correio electrónico de Passos Coelho e lá ganhou este um possível «ministro». Até porque sempre dá jeito ter alguém com formação no estrangeiro...pelo status de competência inerente aos diplomas lá de fora!
 
Agora que a banca está a sentir-se cada vez mais apertada com as imposições de solidez exigidas pelos ditos "mercados" (leia-se meras agências de rating), e que implicarão a sua urgente capitalização, vem tentar vender-nos a ideia de que cada português (empregado, candidato a ou desempregado...) pode e deve ser um empreendedor e aínda por cima um «inovador»!!!
 
Será que vamos a tempo de, até ao fim deste ano e em 2012, transformar a população activa portuguesa em emprendedora? E será que ela tem meios disponíveis para investir na criação das suas próprias empresas, ou estará o Governo disposto a fornecer o «capital de risco» necessário e que a própria banca pouco ou nunca colocou à disposição dos ditos "inovadores"? Ou o ministro está a esquecer-se de que quase 90% dos trabalhadores por conta própria não passam de pessoas sem a qualificação de que necessitamos e que, em condições normais seriam assalariadas mas que o próprio fisco acabou por transformar em pseudo-profissionais liberais graças aos recibos verdes? Manicures, cabeleireiras, vendedores sem vínculo às empresas e até mulheres a dias...!
 
Mas digam-me lá, este ministro alguma vez veio a Portugal nos últimos 20 anos nem que fosse para umas férias lá na santa terrinha dos seus avós?

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